Saúde

Paraná receberá R$ 10,8 milhões para investir em cirurgias eletivas

Paraná receberá R$ 10,8 milhões para investir em cirurgias eletivas

Curitiba – O Ministério da Saúde divulgou esta semana o relatório de repasses de recursos para os estados reduzirem a fila de espera por cirurgias no SUS (Sistema Único de Saúde). De acordo com os dados, mais três estados receberam os valores, sendo que até semana passada 18 unidades federativas tinham recebido os repasses. O Paraná já aderiu a campanha que neste primeiro momento vai liberar R$ 137 milhões por meio do Programa Nacional de Redução das Filas, mas que deve chegar a R$ 600 milhões até o fim deste ano. Além do Paraná, vinte e três estados já aderiram ao programa. O Ministério da Saúde ainda aguarda a elaboração dos planos dos demais estados para realizar as análises.

Pela tabela divulgada pelo o Ministério da Saúde, o Paraná vai receber o total de R$ 10.873.441,18 para serem feitas 31.390 cirurgias eletivas, o que representa, em média, 62,2% da fila de espera do estado que está em 50.426 cirurgias eletivas, envolvendo todos os nas 399 cidades do estado. Cada estado estabeleceu as cirurgias prioritárias, de acordo com a realidade local. Entre os procedimentos mais listados estão cirurgia de catarata, retirada da vesícula biliar, laqueadura, cirurgia de hérnia, vasectomia e retirada do útero.

De acordo com o chefe da 10ª Regional de Saúde de Cascavel, Rubens Griep, a liberação dos recursos aos municípios está condicionada a aprovação do plano estadual que ainda está em fase de pactuação. “Acredito que isto deva ocorrer nas próximas reuniões de CIB (Comissão Intergestores Bipartite) e, após isto, a definição de chamamento e credenciamento dos hospitais com interesse de realizar os procedimentos”, explicou.

Opera Paraná

Segundo Griep, a CIB é formada pela Sesa e pelos secretários municipais de Saúde que se reúnem todos os meses em Curitiba. Ele salientou ainda que todas as campanhas de cirurgias eletivas possuem recursos federais acrescidos de recursos estaduais. “O Opera Paraná é a estratégia aqui do Paraná para isso. Provavelmente estes recursos definidos pelo Ministério da Saúde serão incorporados ao Opera Paraná para ampliação do programa, mas isso ainda não está definido”, disse Rubens.

Números

O último balanço do Opera Paraná foi apresentado pela a Secretaria de Estado da Saúde durante o 7º encontro do Cosud (Consórcio de Integração Sul e Sudeste), no Rio de Janeiro, no mês de março. Até então tinham sido realizadas 13 mil cirurgias, sendo que para a primeira fase, o programa recebeu um aporte de R$ 150 milhões em recursos, mas estima-se ainda o incremento de recursos para a viabilização de 60 mil cirurgias até a conclusão desta etapa, que é viabilizado com credenciamento de hospitais.

Nesta fase inicial, estão inclusas cirurgias do sistema osteomuscular; aparelho digestivo; aparelho de visão; aparelho geniturinário; vascular e de vias áreas superiores. Para a segunda fase, o Opera Paraná também deve receber um aporte de R$ 150 milhões, totalizando um investimento geral de R$ 300 milhões destinados a procedimentos cirúrgicos eletivos.

Desde 2019, o Paraná realizou 1,57 milhão de procedimentos cirúrgicos eletivos. Apenas no último ano, 425 mil cirurgias deste tipo foram consolidadas, o que mostra uma tendência de crescimento se comparado a anos anteriores, como em 2021, que teve 331 mil procedimentos e 2020, com 297 mil cirurgias.

Programa Federal

O programa do Governo Federal também prevê estratégias para garantir equipes cirúrgicas completas e melhorar o fluxo de atendimento em todo o Brasil. A fila de cirurgias eletivas do sistema público de saúde, entre os estados que já aderiram ao Programa Nacional de Redução das Filas, chega a 924 mil procedimentos, segundo dados dos planos aprovados e enviados ao Ministério da Saúde.

Foto: Ministério Saúde