Saúde

Dengue: limpeza garante pequenas, mas importantes vitórias contra o mosquito

Dengue: limpeza garante pequenas, mas importantes vitórias contra o mosquito

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Cascavel divulgou o resultado do 3º LIRAa (Levantamento de Índice Rápido e Amostral), que foi realizado pelos agentes de endemias em 4.787 imóveis em todas as regiões da cidade, durante três dias. A coleta de dados apontou que a cidade está em risco médio de infestação contra a dengue, o que corresponde a 2,6%, enquanto o preconizado pelo Ministério da Saúde é de 1%.

Houve uma considerável queda do último Liraa que foi de 4,3%, mas a guerra contra o mosquito continua. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Miroslau Bailak, quando o lixo é armazenado de maneira correta ou os quintais são limpos há pequenas, mas importantes, vitórias contra o mosquito. “A guerra contra a dengue é diária. E esse zelo deve continuar, sem trégua para que o mosquito aedes aegypti se prolifere”, disse Bailak.

Mesmo com esse panorama, o secretário alerta para que a população intensifique os cuidados no combate ao mosquito, já que os cuidados não podem parar. “A dengue é uma doença que mata. Então, vamos tomar cuidado com a dengue e com a chikungunya, já que o desengonçado do mosquito transmite as duas doenças”, relembrou Bailak. O boletim desta semana atualizou os dados e a cidade tem 79 casos confirmados de dengue seis de chikugunya.

O secretário reforçou que apesar do índice geral ser de 2,6%, há locais da cidade que o número é ainda maior. As regiões do Nova York, Pacaembu, Cascavel Velho, Jardim Itália, Veneza, Presidente, Aquarela, Lago Municipal e Veredas apresentam índice de 4,4%. Por isso, é importante mobilizar toda a família para fazer a limpeza com água e sabão de todos os depósitos fixos, bebedouros de animais, vasos plantas, eliminando qualquer ovo ali depositado, realizar o descarte adequado de todos os lixos orgânicos e recicláveis, evitando que se tornem possíveis focos do mosquito.
Com os dados consolidados do LIRAa, o Município já alinha as próximas ações de combate ao mosquito. Já está em estudo a retomada da instalação de caçambas nos bairros. Na última edição, mais de 152 toneladas de lixo foram recolhidas em bairros com maiores índices de infestação, o que surtiu efeito, uma vez que os índices nessas regiões recuaram.

 

No Paraná

A Secretaria de Estado da Saúde confirmou esta semana mais 8.299 casos de dengue e 13 óbitos. Ao todo, são 54.083 confirmações e 42 mortes em decorrência da doença no Paraná, sendo que os novos óbitos registrados, quatro pessoas são de residentes de Londrina, três de Ibiporã, três de Foz do Iguaçu, um de Maringá, um de Marilena e um de Umuarama.

Dos novos óbitos registrados, predominam os idosos, em sua maioria do sexo feminino, com comorbidades, que ocorreram entre 12 de março e 26 de abril. Os óbitos no município de Londrina são referentes a quatro mulheres de 44, 76, 86 e 90 anos, todas com comorbidades. Em Ibiporã, foram duas mulheres, uma com 84 anos e sem comorbidades, e outra de 92 anos, com comorbidades, além de um homem, de 55 anos, com comorbidades.

Em Foz do Iguaçu, morreram um homem e uma mulher de 66 e 76 anos, respectivamente, ambos com comorbidades, e uma criança de três anos, que não apresentava nenhuma comorbidade. Nos demais municípios, os óbitos foram de uma mulher de 49 anos, sem comorbidades em Maringá, e de dois homens, ambos com comorbidades, um de 96 anos de Marilena e de 74 anos em Umuarama.

Outro dado que chama a atenção é que dos 399 municípios do Paraná, 334 tiveram casos confirmados de dengue. O mosquito também é responsável, além da dengue, pela transmissão da zika e chikungunya. Durante este período não houve confirmação de casos de zika. Já o panorama de chikungunya no Paraná tem 449 casos confirmados da doença, sendo 324 autóctones e três óbitos.

Para o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, o Governo do Estado mantém o alerta e a vigilância apoiando as ações de combate e controle da dengue e chikungunya em todas as regiões e municípios, principalmente onde existem mais ocorrências e casos confirmados. “Precisamos unir forças com a população para a eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti que, em sua maioria, estão nos quintais das casas”, alertou Beto Preto.