BRASÍLIA – Apesar de o dia de estreia da seleção brasileira masculina de futebol ter sido marcado por longas filas e por uma manifestações, o clima dentro do Estádio Mané Garrincha, em Brasilia, é bom. O vermelho das cadeiras onde não há ninguém contrasta com o amarelo do uniforme da seleção, usado pela maioria dos torcedores. Até agora a torcida apoia o time, mas a empolgação é comedida, sem cantorias. A animação é um pouco maior nas jogadas de perigo da seleção brasileira.
Para alguns, porém, entrar no estádio foi um custo. Enquanto Brasil e África do Sul já estavam em campo, muita gente ainda corria para tentar entrar no Mané Garrincha. Vencida a primeira entrada, montada no lado externo do local, alguns torcedores ainda tinham dificuldade para encontrar o portão que dava acesso à cadeira para a qual eles compraram o ingresso. Alguns torcedores reclamaram da falta de pessoal para dar informações.
Do lado de fora do estádio, policiais civis que paralisaram os trabalhos roubaram a cena. A rigor, não seriam permitidas manifestações perto do estádio, mas isso não impediu que eles se aproximassem. Os policiais militares presentes não estão fazendo nada para tirar os colegas civis do local.
Eles querem aumento salarial e trazem faixas em português e inglês. Uma delas diz: “The fiscal responsibility law doens’t apply to policie salaries”. Em português: “a lei de responsabilidade fiscal não se aplica aos salários do policiais”.
A decisão de paralisar foi tomada em assembleia na quarta. O Tribunal de Justiça (TJ) do DF considerou a greve ilegal, mas os policiais dizem que não foram notificações.