Esportes

Contusões tiram dois centrais brasileiros das estreias no vôlei

brasil_japao.jpgRIO – A seleção brasileira feminina de vôlei estreia neste sábado contra
Camarões e não terá Thaísa em
quadra. A central sofreu uma pequena lesão na panturrilha esquerda mas, segundo
o médico do time, Júlio Nardelli, as
imagens dos exames são bem positivas. Ainda assim, ele afirma que a atleta deve
jogar apenas na terceira ou quarta rodada do torneio, no dia 10 (contra Japão)
ou 12 (contra Coreia). Ele explica que lesão muscular pode surpreender: existem
lesões grandes com poucos sintomas e lesões pequenas com muitos sintomas.

? Ela tem uma lesão pequena e com poucos sintomas. Consegue fazer a parte
funcional e está voltando à atividade com bola. O problema é acelerar e
desacelerar. Por isso, estamos segurando um pouco, para ter mais força nessa
desaceleração (dos movimentos num jogo). Ela está sem medicamento, progredindo
funcionalmente ? explicou Nardelli,
que disse que o caso é acompanhado diariamente e que em dois ou três dias
poderia falar melhor sobre recuperação. ? Estamos lutando contra o tempo, mas as
perspectivas são boas. Se nesse sábado fosse um final olímpica, ela jogaria com
dificuldade. Não 100%. Entraria na partida e conseguiria se virar. Felizmente
estamos no inverso, no início. Lesão muscular não tem receita de bolo mas acho
que pode retornar contra o Japão ou a Coreia.

Já Maurício Souza sentiu uma fisgada na região posterior da coxa esquerda no
treino de quinta-feira de manhã. Sidão, que foi cortado da seleção em 20 de
junho, foi chamado às presas para substituir Maurício Souza. Não deu certo. O
Brasil estreia na Olimpíada no domingo, contra o México.

Segundo o médio Ney Pecegueiro, se tudo caminhar bem, na quarta-feira,
Maurício começa as atividades na região machucada. Ele continuará com a
musculação e treinos de encaixe de bola, mas o trabalho para a musculatura
lesionada só na semana que vem. Maurício só deve atuar na Olimpíada nas fases
mais adiantadas.

? É uma região que ele já tinha um pouco de dor às vezes. Teve semana
passada, passou, voltou e ontem sentiu um pouco mais. Fizemos exames e não vimos
nada de muito significativo. Foi um estiramento muscular pequeno. Então
decidimos dar uma segurada nele, uma poupada para que ainda jogue a Olimpíada ?
conta Pecegueiro, que admite que o corte
do atleta foi cogitado. ? Todas as possibilidades foram discutidas, É normal. Se
quebra uma peça do seu carro, você pensa em mudar. E essa é uma solução mais
fácil, mas ele é um cara importante para o grupo. Então, a decisão definitiva é
esperar a recuperação. A lesão não é grande e por isso a gente acredita que ele
ainda vai participar dos Jogos e ajudar o time. Ele é um cara muito determinado
e positivo.