BRASÍLIA – O técnico Levir Culpi, do Fluminense, costuma fazer brincadeiras com a Operação Lava-Jato, que apura corrupção na Petrobras, em especial pelo fato de ser natural de Curitiba, onde estão concentradas as investigações. Nesta quinta-feira, ao comentar a escolha de Tite para comandar a seleção brasileira, não foi diferente. Os comentários foram feitos quando questionado sobre precauções que Tite terá de ter ao lidar com os cartolas da CBF.
– Ele vai ter problemas possivelmente de relacionamento, mesmo de tática, de técnica, de imposição de programação. Então é natural que ele trabalhe da parte do técnico para baixo com as pessoas com quem ele confia, e que trabalhem com ele, que certamente vão dar respaldo para ele fazer um trabalho melhor. Agora, do técnico para cima, aí é com a Lava-Jato, tem que ver, não sei como funciona – disse Levir.
Em relação ao treinador, ele foi só elogios, mas destacou que Tite terá desafios.
– Eu acho que com relação ao Tite, não há o que contestar, porque o seu currículo fala por si. É um vencedor e merece uma oportunidade dessa – afirmou Levir Culpi, acrescentando:
– Nós não conhecemos sete jogadores titulares. A maioria dos brasileiros não consegue falar sete jogadores. Acho que o maior desafio que Tite vai ter é mostrar um time que a gente saiba a escalação.
O Fluminense venceu na quarta-feira o Corinthians, clube que Tite vinha treinando, por 1 a 0. O interino do clube paulista, Fabio Carille, admitiu que quer ser treinador, mas acredita que este ainda não é o momento.
– Sempre deixei claro que eu quero ser treinador, sempre. Mas eu acho. Acho não, tenho certeza de que agora não é o momento, porque sair de uma referência que é (o Tite), eu sou jovem ainda para essa situação, para assumir tudo isso. Sou funcionário do clube, estou interino, tenho vontade, mas acredito que não é o momento – disse Carille.