A presença de atletas da Rússia e do Quênia de todas as modalidades esportivas na Olimpíada de 2016 foi colocada sob dúvida pelo presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, nesta terça-feira. Após realização da cúpula da entidade, na Suíça, Bach disse que “há sérias dúvidas sobre presunção de inocência” dos atletas desses países devido a falhas sistemáticas nos controles de dopagem queniano e russo.
A cúpula do COI concordou, de forma unânime, em solicitar a todas as federações internacionais que tomem decisões sobre a possibilidade de participação de cada atleta do Quênia e da Rússia nos Jogos do Rio. Para o COI, a ausência de testes positivos para doping não é o único motivo que deve ser levado em consideração ao decidir se atletas desses dois países podem competir na Rio-2016.
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Na última semana, a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) manteve o atletimo russo banido de competições internacionais, suspensão que entrou em vigor em 2015, devido ao escândalo de doping no país. O COI manifestou apoio à decisão, e disse que situações específicas de atletas sem histórico de doping deverão ser avaliadas pela própria IAAF. Com a resolução da cúpula do COI desta terça-feira, a possibilidade de suspensão coletiva se estende a todas as modalidades esportivas de Quênia e Rússia, não ficando limitada ao atletismo russo.
– No Quênia houve questões administrativas, já resolvidas, mas também uma falta de financiamento ao controle de dopagem nos últimos meses. O presidente da IAAF (Sebastian Coe), se não estou enganado, falou em uma ‘quase ausência’ de testes antidoping em nível nacional, o que deixa o país em não conformidade com a regulação antidoping internacional – explicou Bach, antes de destacar as diferenças em relação aos atletas russos:
– Na Rússia houve uma série de alegações de manipulação do sistema antidoping. Mas isso leva ao mesmo desafio: assegurar o mesmo nível de competição para atletas onde o sistema de controle de dopagem foi afetado, em relação a atletas de outros países – ponderou Bach.
