Curitiba – O mês de janeiro é marcado mundialmente pela campanha anual de conscientização sobre os cuidados, prevenção e tratamento da hanseníase, doença infecciosa transmitida pela bactéria mycobacterium leprae, conhecida como bacilo de Hansen. Embora curável, a hanseníase aparece de maneira endêmica em diversas regiões do mundo, inclusive no Brasil, visto que sua transmissão ocorre pelo contato direto pessoa a pessoa e, acaba sendo facilitada pelo convívio de doentes não tratados com outros indivíduos.
No Paraná, foram registrados no último ano 415 novos casos. Para ampliar a taxa de detecção, o Estado oferta testes rápidos em todas as regionais de saúde para pessoas que estiveram em contato próximo e prolongado com casos confirmados. Além disso, a Sesa também possui um plano estratégico de controle que prevê ações integradas entre Vigilância e Atenção à Saúde que, apoiadas pela assistência farmacêutica, laboratorial e de promoção da saúde, coordenam o trabalho de enfrentamento da hanseníase.
Entre os destaques está a busca ativa para detecção precoce dos casos, reabilitação, manejo das reações hansênicas, recidivas e nos eventos pós-alta, além de investigação dos contatos de forma a interromper a cadeia de transmissão. “É válido reforçar, ainda, outro combate igualmente importante: a luta contra o preconceito. A hanseníase passou por um processo histórico de estigmatização e este sentimento precisa ser vencido. Daí a importância de conscientizar a população”. lembrou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Tratamento
O objetivo principal do tratamento da hanseníase é a cura da infecção através da antibioticoterapia e a prevenção das incapacidades por meio da detecção precoce de casos. É muito importante que o cidadão busque o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde para o diagnóstico precoce e tratamento da doença quando apresentar os sinais e sintomas da doença.
Os sintomas mais comuns da doença são: manchas com perda ou alteração de sensibilidade para calor, dor ou tato; formigamentos, agulhadas, câimbras ou dormência em membros inferiores ou superiores; diminuição da força muscular, dificuldade para pegar ou segurar objetos, ou manter calçados abertos nos pés; nervos engrossados e doloridos, feridas difíceis de curar, principalmente em pés e mãos.
Outros sintomas que ainda podem aparecer são áreas da pele muito ressecadas, que não suam, com queda de pelos (especialmente nas sobrancelhas), caroços pelo corpo; coceira ou irritação nos olhos, além de
entupimento, sangramento ou ferida no nariz. “Temos ações em distintas frentes, desde a busca ampla até o tratamento da hanseníase, para garantir maior controle sobre esta doença”, reforçou o secretário.