Saúde

Cascavel não tem novos casos de dengue há seis semanas, mas mosquito “não tem férias”

No ano epidemiológico anterior, que terminou no fim de julho, Cascavel passou por uma grande epidemia de dengue

Cascavel não tem novos casos de dengue há seis semanas, mas mosquito “não tem férias”

Cascavel – O Setor de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde de Cascavel está finalizando os trabalhos do ano e com um saldo positivo de trabalho neste novo período epidemiológico que começou em agosto de 2021. Há seis semanas a cidade não tem nenhum registro positivo da doença, que conta com um total de 11 casos, sendo 3 no Bairro Interlagos, 2 no Periolo, 2 no Country e um caso no Cascavel Velho, 14 de Novembro, Presidente e no Conjunto Riviera.

No ano epidemiológico anterior, que terminou no fim de julho, Cascavel passou por uma grande epidemia de dengue liderando por meses a quantidade de mortes pela doença em todo o estado. Ao todos, foram 13.010 casos e 15 óbitos e, por isso, a gerente da Vigilância em Saúde Ambiental, Clair Wagner, salientou que mesmo que a cidade esteja com poucos casos, é importante manter a vigilância, para que as férias não sejam uma aliada do mosquito transmissor, o Aedes aegypti.

Para Wagner, nessa época do ano é necessário fazer a famosa “faxina de férias”, ou seja, verificar todos os locais que sejam possíveis depósitos de água para evitar que o mosquito transmissor se desenvolva, antes e depois de viajar. “Para aqueles que não forem [viajar], também é importante sempre manter os cuidados de dar uma vistoriada na casa ou empresa pelo menos uma vez por semana”, disse.

A gerente da Vigilância salientou que além desses casos, tem outros casos suspeitos e exames em análise e os agentes vão continuar trabalhando normalmente neste fim e começo de ano, mas que a população deve ser aliada, para que a cidade não entre de novo em um cenário de epidemia, como ocorreu de fevereiro a julho deste ano. “Não podemos baixar a guarda, porque a prevenção é a melhor opção”, disse, lembrando ainda que o período mais crítico da doença é sempre de janeiro a abril.

Liraa

O setor também já está organizando um novo Liraa (Levantamento de Índice Rápido e Amostral) para a segunda quinzena de janeiro. O último levantamento foi realizado no fim de outubro e apontou índice geral de 0,6%, o que caracteriza baixo risco de infestação no Município, o preconizado pelo Ministério da Saúde é de até 1% (baixo risco).

Apesar do índice de baixo risco, dois estratos acabaram ficando com índice acima da média geral, sendo necessário atenção especial destas localidades. O estrato 11 que compreende os bairros Nova York, Pacaembu, Cascavel Velho, Jardim Itália I e II, Veneza, Presidente, Aquarela e Lago Municipal  apontou um índice de 1,4%.

Já o extrato 1, com os bairros Lago Azul, Morumbi, Riviera, Caroline, São Francisco, Bela Vista, Florais, Floresta, Clarito, Colonial, Los Angeles, Brasília II, Brasília I Acre ficou com 1,1%, ou seja, médio risco.

No Paraná

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou esta semana o último boletim epidemiológico da dengue do ano. De acordo com o boletim o Paraná registrou 126 novos casos da doença e mais 2.190 notificações, em relação ao boletim anterior. Desde o início do atual período sazonal da doença, o Estado soma três mortes, 2.002 casos confirmados, 6.024 em investigação e 28.279 notificações.

Dos 348 municípios com notificações, 191 tiveram casos confirmados e 167 registraram autoctonia, quando a dengue é contraída na cidade de residência. O mosquito Aedes aegypti também é responsável, além da dengue, pela transmissão da zika e chikungunya.

Dicas básicas

1- Antes de fechar a empresa para férias coletivas é necessário que seja feita uma limpeza minuciosa do ambiente externo, com eliminação e destruição de todos os possíveis criadouros;

2- Verificar a vedação da caixa de água e a limpeza das calhas;

3- Vedar vasos sanitários e ralos com plástico ou tecido que não permita a entrada do mosquito;

4- Verificar as bandejas de ar-condicionado e geladeiras;

5- Piscinas devem ser tratadas regularmente, independentemente de estarem em uso ou não. Por isso, é importante organizar com o responsável pelo tratamento com antecedência.

Foto: Secom