
TEM GENTE COM FOME
Cascavel - Notícia desta semana deste nosso O Paraná dá conta de que servidores da Câmara de Cascavel passam a ter direito a auxílio-alimentação. Em princípio, parece algo sem muita significação e apenas ensejado por movimentação de uma classe trabalhadora… Parece algo rotineiro e principalmente comum. A mim pareceu, entretanto, acoplado a um novo clima que dá sequência a uma situação de preocupação e que vem se alterando e aumentando na vida das pessoas neste nosso Brasil, país quase atirado à sua própria sorte. Enquanto se conflitam áreas que deveriam respeitar seus limites, ou que, pelo menos, cuidassem como deveriam – e cuidassem adequadamente daquilo que lhes é atribuído de direito, exorbitam em atribuir-se a conflitos, a distorções e atribuições que não lhes são reconhecidas. Temos aí “ministros, deputados, senadores e outros afins quase que se convidando mutuamente a decidir “no braço e lá fora” temas sobre os quais divergem, algo como se fazia na escola primária, quando do término das aulas. Era lá na rua que uns fomentavam a necessidade de “passa mão na cara dele e dá uma porrada” – enquanto outros berravam, gritavam e por ali pululava a molecagem – molecagem que se ajustou a linguajar de boteco como o chulo “Perdeu, mané”. O Brasil está mais ou menos assim e, enquanto deixaram o país chegar à essa absurda situação, por falta de comando e competência em suas diversas áreas, o povo, a sociedade em si vai, de forma apreensiva, tendo que encarar até mesmo a falta de alimentação… A falta de comida, pois quase não está dando mais para se sustentar – ela, sociedade – devido à carência de recursos… Daí que, aquela história doméstica, engraçada, de humor apurado, que trata de fazer rir devido à necessidade de “se chegar em casa a tempo para o almoço afim de não perder o sorteio do bife” está quase se tornando realidade. Tudo aumenta no mercado, tudo, carne, então, nem se fala. Até se desconfia que hoje em dia – cada vez mais dura – está recebendo mais do que a habitual dose de hormônios, em boi velho – tornando-a, além de dura, e como, quase inacessível no preço. Mas o mercado parece que há muito abandonou o limite de lucro e decidiu se integrar à ganância dos aumentos – sem limites – para se garantir contra as rasantes que vêm por aí e que eles, supermercados, estão habituados a se integrarem. E, em razão desses preços também quase inacessíveis dos clientes a outros produtos, as categorias assalariadas estão cada vez mais oprimidas e preocupadas com o “dia de amanhã” ou seja, “hoje ainda deu… Mas e amanhã?” Daí que, mesmo tímida, uma ajuda como essa de “auxílio-alimento” aos servidores municipais está mais do que justificada e ajustada a exemplos que certamente virão, não esquecer que até morte já tivemos em supermercado provocada por um chocolate.
GRIFE
Tá feia a situação do “rango na mesa”. Tanto é verdade que até as outras carnes estão encostando no extorsivo e proibitivo preço da picanha do Lula.
FOLHETINS
Me disse O DONO de supermercado que ele – mesmo sendo DONO de mercado – estava analisando outras formas de cardápio e alimentação. A quem duvida, posso dar o nome do “dito cujo”. A manifestação, bastante curiosa pelo inusitado, foi a pura realidade. E fiquei pensando, enquanto renovo o compromisso de dar o nome: “Quando o DONO de um supermercado adota uma situação dessas… quase inacreditável – sendo ele o DONO – o que esperarmos nós, povo”? Para logo ali, para daqui a pouco? Repito: Se desejarem… O nome.
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MESA DE BAR
Hehheheheheheheheheheh
– E falavam do AI-5
– Garçom… Mais uma gelada por favor!