O GP do Brasil de Fórmula-1 não foi especial apenas para Felipe Massa, que teve uma despedida emocionante. Ele também foi importante para o também brasileiro Felipe Nasr. Ainda sem ter um cockpit garantido para a temporada de 2017, o piloto da Sauber marcou seus dois primeiros pontos na categoria ao chegar na nona colocação em Interlagos.
TABELA: Veja classificação, resultados e calendário da F-1 em 2016
SCHUMACHER: Heptacampeão estreia perfil em redes sociais
nasrNasr havia dito durante a semana que o Brasil seria a grande oportunidade de a Sauber finalmente pontuar no Mundial. A escuderia suíça era a única que continuava com zero na tabela de classificação. E a previsão do brasileiro estava certa. A Sauber não apenas pontuou, como ultrapassou a Manor na classificação do Mundial de Construtores, deixando de ser a pior equipe da temporada.
Para Nasr, a sua performance excelente – ele chegou a estar em sexto lugar na prova – e ter segurado a pressão do bicampeão do mundo Fernando Alonso, da McLaren, e que terminou em 10º, foi um excelente cartão de visitas para ele tentar continuar na F-1.
– Sempre contei que o Brasil seria a oportunidade (de pontuar). E sabia que eu tinha condições de manter o carro na pista e num ritmo bom. Tudo se encaixou, a equipe fez um trabalho correto, me manteve informado. Foi importante – disse o piloto, que nunca havia corrido com chuva em Interlagos.
Nasr ainda não sabe se continuará na Sauber na próxima temporada. Caso não fique, no entanto, sua única opção é a Manor, única escuderia que ainda tem um cokpit vago. As demais equipes estão com suas duplas de pilotos definida.
INCENTIVO DE MASSA
Logo depois da prova, Nasr recebeu o abraço de Massa e algumas palavras de incentivo do brasileiro que está se despedindo da F-1.
– Ele fez uma excelente corrida. Falei para ele levantar a cabeça e correr atrás porque ele ainda tem muita coisa pela frente. Ele não pode achar que se a coisa não aconteceu da maneira que ele imaginava que não pode acontecer (no futuro). Foi incrível. Fico feliz por ele e tomara que ele tenha uma chance de continuar. Espero que tenha um brasileiro seguindo e que ele continue mostrando a nossa bandeira brasileira – afirmou.
Desde 1970, quando Emerson Fittipaldi estreou na F-1 que o Brasil sempre tem ao menos um piloto no Mundial.
Confiante em sua permanência, Nasr comemorou a sua boa corrida em Interlagos.
– Consegui manter carros mais rápidos atrás, mas o Alonso é o Alonso. Mantive uma distância suficiente, mas ele vinha rápido. Meu pneu traseiro vinha no limite, mas mantive o meu foco e acreditei até o final. Sabia que fazendo um bom trabalho eu conseguiria isso.