
No mês passado, confrontos envolvendo turistas que tiraram fotos de mulheres na praia vestidas com burquíni deixaram cinco pessoas feridas, inclusive uma mulher grávida. Três carros foram incendiados, e cerca de cem policiais foram mobilizados para acalmar os ânimos.
A decisão do juiz em Bastia é contrária ao parecer do Conselho de Estado, a mais alta instância administrativa da França, que derrubou a proibição numa cidade da Riviera Francesa, alegando que a medida pode violar as liberdades básicas. A sentença de terça-feira pode ser recorrida ao Conselho de Estado.
A discussão em torno das roupas muçulmanas não vem de agora no país. A legislação atual já proíbe símbolos religiosos ?ostensivos? nas escolas, com exceção de centros de educação superiores como universidades, e a funcionários da administração pública em contato direto com o público.
Oficialmente por motivos de segurança ? já que cobre o rosto totalmente e dificulta a identificação ? a burca está vetada em todo o espaço público.