Palotina – Se para alguns setores a alta do dólar trouxe muita dor de cabeça, para outros foi uma oportunidade de arrecadar ainda mais. O benefício se estendeu a quem tinha como principal fonte de renda as exportações.
Um dos segmentos é o agronegócio e o comércio de grãos a países estrangeiros. Tanto a agricultura quanto a pecuária colheram bons frutos durante a recessão econômica no Brasil, e foram os principais alicerces nos últimos 12 meses para manter o saldo positivo da balança comercial.
É o que mostram os dados da balança comercial, divulgados pelo Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). Apesar de um recuo de 5% nas exportações, o volume arrecadado de janeiro a dezembro do ano passado foi duas vezes maior comparado ao mesmo período de 2014 em decorrência da valorização da moeda norte-americana.
Em dezembro, o dólar fechou com uma média mensal de R$ 4. Por sua vez, as exportações atingiram US$ 1.493.647.559, que em reais totalizam R$ 5.974.590.236. O acréscimo de um ano a outro é de 108%, já que a média mensal do dólar em dezembro de 2014 foi de R$ 1,84, período em que as exportações somaram US$ 1.564.738.026 (R$ 2,87 bilhões).
Produtos
O destaque às exportações se manteve ao setor avícola. A indústria de carnes, com produtos com valores agregados, lidera o ranking. Entre as três principais cidades exportadoras do produto (Cascavel, Cafelândia e Palotina), os índices só subiram, arrecadando US$ 502.221.698 a partir do comércio de aves, superando em US$ 88,8 milhões se comparado ao mesmo período de 2014, quando o setor conseguiu exportar, entre os três municípios, US$ 413.330.387.
Segundo dados do Mdic, o município do Oeste com maior representação na balança comercial referente à avicultura é Cafelândia. O segmento responde por 62,05% de todos os produtos exportados, considerado o mais importante para a manutenção dos bons resultados.
Além da pecuária, a exportação de grãos contribuiu para que a região não contabilizasse grandes prejuízos. A soja e seus derivados estão entre os produtos mais explorados no mercado externo.
A venda da oleaginosa in natura em Cascavel, por exemplo, rendeu de janeiro a dezembro pouco mais de US$ 51 milhões, quase 10% a mais do que em 2014, período em que o município exportou US$ 46 milhões do produto. É possível citar ainda o comércio de fertilizantes, milho, preparações para uso animal, máquinas e aparelhos, entre outros.
Importações
As importações na região Oeste caíram 11% de janeiro a dezembro de 2015. O total importado entre os municípios analisados pelo Mdic foi de US$ 586.182.601, queda de US$ 73,7 milhões ante o balanço anual de 2014, quando foram contabilizados US$ 659.978.166. Diferentes produtos são comprados de outros países como trigo, tubos e acessórios, pastas químicas de madeira, à soda ou a sulfato, extratos de malte, lâminas, entre outros.
(Com informações de Marina Kessler)