Cascavel – A colheita da soja na região de Cascavel está na fase final, mas a estimativa não é tão positiva aos produtores e o rendimento dos grãos pode sofre uma queda de 8%. Apesar do aumento da área destinada ao plantio, com 12.842 hectares a mais em relação à safra anterior, a meta de atingir 3.750 quilos por hectare não será atingida.
Devido ao excesso de chuva haverá queda de produtividade. A previsão inicial é de uma redução de até 8%, mas nas próximas semanas teremos o saldo final, afirma o técnico do Deral (Departamento de Economia Rural) em Cascavel, J.J Pertille.
O prazo é esperado até que todas as colheitadeiras consigam ir a campo. Até o momento, em 95% das propriedades da regional da Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento), o trabalho das máquinas foram concluídos.
A produção no Núcleo Regional de Cascavel, que compreende 28 municípios, passou de 1,92 milhão de toneladas para 1,95 milhão de toneladas que é a quantia prevista pela safra 15/16, conforme o último boletim da Seab divulgado na quinta-feira (25).
As condições climáticas não foram favoráveis à cultura e ainda na fase de floração e frutificação da oleaginosa, em meados de novembro, produtores tiveram dificuldades de ir ao campo.
Dessa forma, não foi possível aplicar fungicidas para corrigir doenças na soja e a umidade aliada às altas temperaturas foram fatores para a proliferação da ferrugem asiática, por exemplo, cita o técnico. As consequências são de um grão sem a formação ideal e mais leve.
Embora o resultado da safra não seja como o planejado, a comercialização deve recompensar o esforço dos agricultores.
Eles apostam na atividade e infelizmente, por qualquer frustração, ficam preocupados, mas o impacto não deverá ser grande e hoje o preço da saca é comercializado a R$ 68, comenta Pértille.
Milho
Em relação à primeira safra de milho, 70% dos 13 mil hectares foram colhidos. O rendimento deve atingir 10.240 quilos por hectare. Para a próxima safra, 90% da área de Cascavel já receberam o plantio do grão e devido ao preço da saca, que passou de R$ 21 para R$ 32,50, houve maior espaço à cultura.