Um país honesto não aceita um governo corrupto. Quando olhamos para nossa recente história e para várias celas de presídio hoje ocupadas por políticos e executivos, temos a confirmação da corrupção grudada na administração pública.
Nas últimas eleições, a maioria deixou de lado as ameaças a direitos constitucionais na tentativa de promover uma “limpa” no Executivo e no Legislativo. A renovação foi histórica. E, para a Presidência, foi eleito um sujeito que ganhou notoriedade com discursos homofóbico, machista e xenofóbico. Tudo porque prometia pôr fim à corrupção.
Somos os primeiros a atirar pedras e pedir a punição dos políticos fdp ladrões, safados e outros impropérios que variam de região a região. Se roubou, tem mais que ir pra cadeia.
Mas a corrupção vai muito além da roubalheira na Petrobras e na cobrança de propina em troca de aprovar medidas que beneficiam esse ou aquele setor. A corrupção está muito mais presente na vida do cidadão comum do que ele imagina, ou que faz questão de não ver.
Operação deflagrada ontem revela um esquema de fura-fila do SUS que funcionou pelo menos dez anos no Paraná. E sabe quem também se beneficiava com ele? O cidadão comum que ia pedir para um assessor parlamentar dar um jeitinho para ser atendido antes no sistema público de saúde.
Na tentativa de salvar o familiar doente e que está à mercê do demorado SUS, muitas vezes se atropela o que for preciso. Quem pode ser condenado por buscar atendimento para a mãezinha doente?
Pensando assim, difícil ver onde está o problema. Mas o problema está naquelas centenas de pessoas passadas para trás sucessivamente, mães e pais de outros cidadãos que seguiram o sistema. Sabe-se lá quantos morrem na fila porque alguns dão um jeitinho?