INFORME DA REDAÇÃO

PL vence PT, mas PSD é o campeão

PL vence PT, mas PSD é o campeão

Com o segundo turno das eleições 2024 realizado no domingo (27), agora se intensifica ainda mais a corrida eleitoral para 2026. Deputados estaduais e federais, senadores, governadores e Presidência da República fazem as contas para medir a força e a “febre”. Contados todos os votos, o PSD elegeu 891 prefeitos, o MDB 864, PP 752 e União Brasil 591. O PL, de Jair Bolsonaro, foi o 5º colocado, com 591 prefeitos eleitos, enquanto o PT do presidente Lula elegeu 252 dos seus candidatos, figurando na 9Fª colocação. O resultado das eleições 2024 mostra, entre outras coisas, que o “peso” eleitoral de Lula não ajudou os candidatos do PT, enquanto o apoio de Bolsonaro “sobrou” em muitos municípios.

São Paulo

Entre todos os embates do segundo turno, o de São Paulo, entre Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), foi o que chamou mais atenção, pelo embate direto entre Lula e a “direita”, representada pelo governador Tarcísio de Freitas e o ex-presidente Boslonaro. Nunes venceu em 54 das 57 zonas eleitorais da cidade de São Paulo; Boulos obteve vitória em apenas 3 zonas da capital paulista. Ao final da apuração, Nunes conquistou 59,35% dos votos válidos (3.393.110 votos), contra 40,65% dos votos válidos (2.323.901) de Boulos.

Em Curitiba

Na capital dos paranaenses, o candidato do PSD do governador Ratinho Junior, Eduardo Pimentel (PSD) foi o vencedor. Após dois mandatos como vice-prefeito, Pimentel assumirá o Palácio 29 de Março em janeiro de 2025. Pimentel somou 531.029 (57,64%) enquanto Cristina Graeml (PMB) conquistou históricos 390.254 votos, ou 42% dos votos válidos.

“A vencedora”

Apesar de não ser eleita, Graeml é considerada a “grande vencedora” pela sua trajetória nestas eleições: sem recursos, sem tempo de rádio e TV e, praticamente, “sem partido”. A jornalista Cristina Graeml foi candidata pelo PMB que, oficialmente, disse que não apoiaria sua candidata no segundo turno. Ela sai desta eleição com capital político gigante, focado nos valores representativos da “direita”, já apontada como candidata de grande potencial para os “legislativos” em 2026.

Ponta Grossa

Nos Campos Gerais, Elizabeth Schmidt (União), reescreve seu nome na história de Ponta Grossa como primeira prefeita eleita em 2020 e, agora, reeleita para o segundo mandato. Schmidt disputou o segundo turno a deputada estadual Mabel Canto (PSDB), uma “reprise” da eleição passada. Ela foi reeleita com 96.407 (53,72%) votos válidos, 8.475 a mais que em 2020. Mabel obteve 83.064 (46,28%), também votação superior a anterior: 61.702 votos (37,27%).

Londrina

O deputado estadual Tiago Amaral (PSD) é o prefeito eleito prefeito de Londrina. Ele recebeu 143.745 votos (56,32%), vencendo a Professora Maria Tereza (PP)que somou 111.464 votos ( 43,68%) total. Amaral é advogado, com foco em Gestão Pública e Direito Público. Ele é o atual presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Assembleia Legislativa do Paraná.

“Votos perdidos”

Mais uma vez, o que chamou atenção neste segundo turno, foi o elevado número de votos brancos, nulos e abstenções. Em Londrina, abstenções, brancos e nulos somaram expressivos 144.521 votos, mais votos que o prefeito eleito (143.745 votos). Em Curitiba, Eduardo Pimentel foi eleito com 531.029 votos, porém, abstenções, brancos e nulos somaram inacreditáveis 502.439, mais que suficiente para alterar o resultado final do pleito. Em Ponta Grossa, apesar de alta, os “votos perdidos”, chegaram a 79.992 votos.