RIO – Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Oi informou que recebeu um requerimento de convocação de Assembleia Geral Extraordinária de um de seus acionistas ? a Societé Mondiale Fundo de Investimento, que é gerido pela Bridge, que tem o empresário Nelson Tanure em seu comitê, dono de 6,64% das ações ? para que parte do Conselho de Administração da Oi seja destituído. No alvo, estão os nomes indicados pela Pharol, a antiga controladora da Portugal Telecom (PT), com 22% das ações da Oi. A informação foi antecipada pelo GLOBO na edição desta quarta-feira.
Segundo o comunicado, a Bridge já indica outros nomes para os assentos que hoje são ocupados pelos portugueses. Na lista estão Helio Costa, ex-ministro das Comunicações do governo Lula, Demian Fiocca, ex-presidente do BNDES e da Nossa Caixa e ex-diretor da Telefônica, e Pedro Grossi, ex-assessor do Ministério da Fazenda, além de outros nomes com experiência no setor de telecomunicações e em empresas em geral. Além disso, há outros nomes como o de Marcelo Itagiba, ex-secretário de Segurança do Estado do Rio durante o governo Garotinho.
A Bridge pede que a assembleia seja feita em até oito dias. Porém, para que a Assembleia seja aprovada, é preciso passar pela aprovação do Conselho de Administração atual da Oi. No documento, a Bridge cita os nomes dos conselheiros que quer fora da companhia. São eles: Rafael Luis Mora Funes (titular) e João do Passo Vicente Ribeiro (suplente); João Manuel Pisco de Castro (titular) e Pedro Guimarães e Melo de Oliveira Guterres (suplente);Luís Maria Viana Palha da Silva (titular) e Maria do Rosário Amado Pinto Correia (suplente); André Cardoso de Menezes Navarro (titular) e Nuno Rocha dos Santos de Almeida e Vasconcellos (suplente);Pedro Zañartu Gubert Morais Leitão (titular sem suplente); e Marcos Grodetzky (titular sem suplente).
Entre as razões, a Bridge diz que quer com a Assembleia “discutir e avaliar a atual situação econômico-financeira da companhia, bem como os desafios a serem enfrentados daqui em diante, contemplando eventuais sugestões dos acionistas, a serem consideradas pelos administradores da companhia, no processo de soerguimento econômico-financeiro ora em curso”. A Oi enviou o Fato Relevante à CVM às 22h de quinta-feira (dia 08).