“Bang!”, Tiago Iorc deu um tiro certeiro ao reler, em voz e violão, o sucesso explosivo de Anitta. Sua versão intimista, oficialmente lançada há pouco mais de uma semana, na companhia de um clipe ousado e reluzente ? que já contabiliza quase 1 milhão e 800 mil acessos no Youtube ?, entra de vez para o repertório de shows do cantor e compositor. Nesta terça-feira (6) à noite, a música é certeza na estreia de Iorc no pomposo palco do Theatro Municipal do Rio, em apresentação solo.
? Já cantei em muitos teatros bonitos, Brasil afora. Mas o Municipal, de fato, é um ícone. A acústica dali é linda, e o formato voz e violão mostra o essencial do meu trabalho. Sem banda, não há recursos para fugir da canção: ela precisa comunicar por si só, tocar quem a ouve. Esse show será bem especial para mim ? adianta o artista. Tiago Iorc – ‘Bang’
Aos 30 anos de idade, oito de carreira, Iorc caiu de vez no gosto do público jovem pelo jeito fofo de falar de amor. O visual informal, que combina regata, jeans e botas, sempre nas cores preta, cinza ou branca, já virou marca registrada, assim como a barba e o cabelo longo, usualmente preso no alto da cabeça com um coque.
? Não vai ser desta vez que vou me apresentar de smoking (risos). O diálogo entre a formalidade do Municipal com o popular pode ser bem interessante ? insinua ele, que confessa não ter guarda-roupa em casa: ? O que preciso de roupa levo comigo numa mochila, aonde vou. E é tudo meio parecido mesmo, não me ligo nessas coisas.
Coloridíssimo mesmo, só o clipe de ?Bang?. Numa parceria com o fotógrafo capixaba Hid Saib, Iorc imergiu no ?Projeto neon? e gravou o vídeo na companhia da modelo Gracielle Gava. A interação resultou tão ousada quanto em ?Amei te ver?, no qual o cantor e a atriz Bruna Marquezine aparecem abraçados, seminus.
? Foram 12 horas de gravação e muita sujeira em tintas preta e neon. Queria contar uma história com sensualidade ? diz ele: ? Calhou de meus dois últimos clipes terem uma figura feminina, mas já gravei um (da música ?Yes and nothing less?) em que eu simulava encontrar um ser invisível numa linha de trem. Sou um eterno romântico! (risos)
Solteiro desde o fim do namoro com a atriz Isabelle Drummond, no final do ano passado, o rapaz vem sendo cada vez mais assediado nos shows e nas redes sociais. Ele afirma, no entanto, que o momento é dedicado a outros amores.
? Estou tranquilo com relação a isso. Tenho incursionado por paixões diversas, dentro da minha profissão. Já vivi grandes namoros e gostei muito, mas agora o tempo tem sido outro ? diz ele, que tem feito uma média de 20 shows por mês.
Se as fãs têm alguma chance com o ídolo da vez?
? É estranho quando se cria essa categorização… Eu encontro pessoas, né? Se existir uma conexão, vai rolar, independente da admiração de um pelo outro, de ser fã ou não ser. Eu namorei por cinco anos com uma menina que foi a um show meu. Estou aberto a conhecer pessoas e nos fazermos bem uns aos outros ? admite Iorc, que, apesar da correria do dia a dia, garante ter tempo para a vida social: ? Sempre sobra um tempinho para dar umas bitocas.
DIRETOR E PRODUTOR
Apaixonado por música e fotografia, Tiago Iorc gosta de se aventurar por caminhos que não a de cantor e compositor. É dele a direção do próprio show, gravado em Belém (PA), a ser lançado nos cinemas nos próximos dias 27 e 29, em sessões únicas, e depois em DVD.
? Tive a ideia maluca de fazer um plano sequência com uma câmera só. Normalmente, num registro ao vivo, são várias, filmando de diversos ângulos. É algo inédito: a câmera me acompanha do camarim até o desfecho do show, sem nenhuma parada ? conta.
Iorc também é o padrinho/produtor do duo feminino Anavitória:
? São meninas do interior do Tocantins, que se completam nas vozes e nas personalidades. Elas cantam o cotidiano com lirismo e de uma maneira popular. Rolou uma identificação nossa de cara. Anavitória – ‘Singular’