Rio de Janeiro – Mais da metade da população brasileira vive em lares beneficiados por algum tipo de auxílio financeiro relacionado à pandemia. Em julho, entre os 211,041 milhões de habitantes do País, 107 milhões moravam em domicílios em que ao menos uma pessoa da família recebia uma ajuda emergencial do governo.
Os dados são da Pnad Covid-19 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid) mensal, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nessa quinta-feira (20).
O auxílio elevou a renda de mais de 18 milhões de brasileiros que viviam na miséria: o rendimento médio domiciliar per capita sem o benefício foi de apenas R$ 11 mensais em julho, passando a R$ 294,79 graças ao recurso proveniente do socorro emergencial, embora ainda menor que R$ 10 diários.
Outros 18 milhões que viveriam com uma renda média domiciliar per capita de R$ 177,39 mensais conseguiram aumentar o ganho a R$ 402,85, graças ao auxílio emergencial. Na terceira faixa mais pobre, cerca de 16 milhões de pessoas que recebiam uma média de R$ 324,64 por mês por pessoa da família, pouco mais de R$ 10 diários, as famílias tiveram a renda elevada a R$ 511,92 mensais com o auxílio.
Só essas três faixas de renda mais baixa concentraram quase metade (49,1%) da população brasileira que vive em lares beneficiados pelo socorro emergencial, mais de 52 milhões de pessoas. No entanto, outros 10,6 milhões de cidadãos desse extrato de renda mais baixa ainda não residem em lares assistidos pelo auxílio emergencial.
Cerca de 30,2 milhões de domicílios receberam algum tipo de auxílio em função da pandemia em julho, o equivalente a 44,1% do total de domicílios do País. Em junho, 43,0% dos lares estavam contemplados.
O valor médio do benefício – como o auxílio emergencial e o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda – recebido foi de R$ 896 por domicílio em julho, ante R$ 885 em junho. Na Região Norte, 60,6% dos domicílios receberam o auxílio em julho, e no Nordeste, 59,6%.