O Governo do Paraná enviou decreto nesta segunda-feira (23) para a Assembleia Legislativa. Tecnicamente chamada de Estado de Calamidade Pública, a medida flexibiliza questões orçamentárias e administrativas para assegurar os recursos necessários para áreas prioritárias como a Saúde.
O chefe da Casa Civil, Guto Silva, explicou que investimentos previstos no orçamento para outras áreas passam a ser direcionados para a Secretaria de Estado da Saúde, o que poderia ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal. “O pedido de calamidade pública é um instrumento jurídico para que a gente possa canalizar todos os esforços e energias no combate ao coronavírus, com a Saúde na linha de frente”, afirmou.
O decreto estadual entra em vigência assim que for aprovado pela Assembleia Legislativa e vale até 31 de dezembro. Ele leva em conta decisões tomadas em âmbito federal para o enfrentamento à doença, como a Portaria 188/20 do Ministério da Saúde, que declara Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional em decorrência da Covid-19.
“Todo esse movimento está sendo tomado com muita serenidade e maturidade e em consonância com os outros estados”, afirmou o secretário da Saúde, Beto Preto. “Fazemos todo o trabalho de retaguarda para disponibilizar os leitos quando forem necessários e, enquanto isso, trabalhamos na detecção de casos e na vigilância em saúde, que é nossa primeira linha de ação”, explicou.
EXTREMO – “O momento que estamos vivendo é extremo e exige medidas rápidas para proteger os paranaenses”, afirmou o deputado Hussein Bakri, líder do governo na Assembleia. “Os deputados vêm trabalhando em parceria com o governo, dando respaldo a uma série de decisões que estão sendo tomadas. Essa parceria fortalece muito a disposição de todos, em especial dos profissionais da saúde, em vencermos o coronavírus o mais rápido possível”, disse.