Política

Reitor eleito tem aval para contratações, mas nova ala só em 2021

Assunto mais urgente é o HU (Hospital Universitário)

Reitor eleito tem aval para contratações, mas nova ala só em 2021

Reportagem: Josimar Bagatoli

Cascavel – Apesar da necessidade urgente, os novos leitos da Ala Materno-Infantil do HU (Hospital Universitário) de Cascavel levarão até um ano e meio para serem abertos à comunidade, revela o reitor recém-eleito da Unioeste, Alexandre Webber – ele obteve 50,83% dos votos válidos na eleição realizada terça-feira (22). O vice será Gilmar Ribeiro de Mello.

Webber assumirá o cargo em 2020, após oito anos de atuação de Sérgio Wolff, o Cascá. Houve 7,3 mil votos válidos, menos da metade do público que poderia votar (16,5 mil).

Se confirmado pelo governador Ratinho Junior, Webber assume a Reitoria em janeiro de 2020. Mas, antes mesmo de ocupar o cargo, o assunto mais urgente é a questão do HU.

Com três estruturas novas, a materno-infantil é considerada prioridade. Por isso mesmo, Webber já iniciou as tratativas com o governo do Estado. “Conversaremos com o secretário de Saúde, Beto Preto, para que em um ano a Ala Materno-Infantil entre em funcionamento. Depois discutiremos sobre a Ala de Queimados, quanto custa e quantos servidores são necessários… Temos mais de 350 partos por mês no HU: a Ala Materno-Infantil é prioridade no nosso hospital. A Ala de Queimados não vejo como ponto principal”.

A Ala Materno-Infantil teve a construção iniciada em 2015, com quase 7 mil metros quadrados e 63 leitos adultos, 82 berços, sendo 29 UCI (Unidades de Cuidados Intermediários), 18 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 35 de enfermaria.

Com um orçamento anual de meio bilhão de reais para ensino e saúde, Webber diz que será preciso maior atenção do Estado com relação ao custeio e adianta: nada será aberto se não houver dinheiro. “Não abriremos mais nada no HU sem condições. Não dá para jogar nas costas dos nossos servidores, que estão sobrecarregados, mais ala alguma”, afirma Webber.

O futuro reitor pretende convocar os prefeitos das cidades atendidas pelo HU para que ocorra uma mobilização em favor do HU: “O hospital não é apenas da Unioeste, é de toda a comunidade, com mais de 2 milhões de habitantes. As administrações municipais devem nos ajudar a convencer o governo do Estado para nos disponibilizar mais funcionários e mais custeio. Os prefeitos têm que entender que é responsabilidade de todos, pois, para a Unioeste, o HU é instrumento de ensino e atua na assistência regional”.

Após a confirmação do resultado, Webber foi parabenizado pelo secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, e diz que obteve sinal favorável do governo. “Ele está disposto a dialogar, desde que tenhamos dados e eles acreditem na administração. Nosso papel é mostrar que somos sérios, comprometidos e com interesse público. A negociação para a liberação de servidores será embasada na nossa apuração para que ocorra a reposição gradativamente”.

Alexandre Webber diz que desconhece a defasagem de pessoal, e cita que, quando a universidade assumiu o HU, havia mais de 500 servidores da Secretaria de Saúde e hoje são 150. Hoje 273 médicos atuam sob contrato.

Direção indefinida

Webber diz que ainda não definiu quem vai comandar o HU, mas adianta que será alguém de dentro do hospital. E diz que ano que vem haverá uma organização para que o diretor de 2021 seja escolhido por meio de eleição entre os funcionários. Para isso, será organizado um regimento para a instituição. “O HU é o único que não tem conselho, o qual, no HU, terá representantes da comunidade externa”, revela Alexandre Webber.

Diretores de câmpus eleito

Cascavel     Anibal Mantovani Diniz

Foz do Iguaçu      Fernando José Martins

Francisco Beltrão  Adilson Carlos da Rocha

Toledo        Remi Schorn

Marechal Cândido Rondon     Davi Felix Schreiner