Política

Bolsonaro recebe ministro e diretor de Itaipu para falar sobre energia

O tema principal do encontro foi o atual cenário geral de energia elétrica, o que incluiu Itaipu, considerada estratégica para a segurança energética do País.

O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Joaquim Silva e Luna, reuniu-se ontem (15) com o presidente Jair Bolsonaro, em Brasília. Foi a primeira reunião deste ano com o presidente e o ministro de Minas e Energia, Bento Costa Lima Leite, e a quinta desde que tomou posse na binacional, em fevereiro de 2019. O tema principal do encontro foi o atual cenário geral de energia elétrica, o que incluiu Itaipu, considerada estratégica para a segurança energética do País.

O presidente Bolsonaro elogiou a gestão de Silva e Luna, e em especial o protagonismo do general na negociação da contratação, a longo prazo, da potência de Itaipu pela Eletrobras e pela Ande (estatal paraguaia), o que não ocorria havia dez anos.

O acordo, que possibilitou maior previsibilidade para que a empresa honrasse compromissos, como pagamento da dívida e royalties, deu-se em ambiente altamente saudável, já sinalizando a boa vontade do Brasil e do Paraguai para as futuras negociações do Anexo C do Tratado de Itaipu, que será revisado em 2023.

Silva e Luna informou ao presidente que as obras da Ponte da Integração estão num ritmo bastante adiantado e que o cronograma de três anos, inicialmente previsto para a conclusão da ligação, pode ser antecipado. A construção está sendo acompanhada dia e noite pelos técnicos da usina. A gestão é do governo estadual.

A Ponte da Integração é um dos principais resultados da realocação de recursos promovidas na gestão de Silva e Luna, que suspendeu convênios e patrocínios sem adesão à missão da empresa e reduziu o orçamento de Itaipu para 2020 e resultou em R$ 600 milhões para aplicação em obras fundamentais para a região, o que inclui também a duplicação da pista do Aeroporto Internacional de Foz.

Apenas na ponte serão investidos ao longo da construção R$ 463 milhões, considerando projetos de estrutura, as desapropriações e a construção de uma perimetral no lado brasileiro. O investimento será diluído ao longo do orçamento dos próximos três ou quatro anos, sem onerar a tarifa de Itaipu, para não prejudicar o consumidor brasileiro.