Uma mulher de 35 anos foi presa temporariamente nesta terça-feira (11), em Dom Feliciano, no Sul do Rio Grande do Sul, após confessar ter dopado e assassinado Erni Pereira da Cunha, de 43 anos, queimando-o em um forno de fumo. O crime teria ocorrido em 15 de fevereiro, última vez em que o homem teria sido visto.
Conforme a delegada Vivian Duarte, após a prisão, a mulher admitiu o homicídio. De acordo com o depoimento, ela teria dado comprimidos ao homem misturados em um suco de laranja. Com ele dopado, teria arrastado o companheiro até uma fornalha de fumo, que fica nos fundos da residência, e colocado fogo. O corpo teria sido queimado durante três dias. A mulher teria relatado que não teve ajuda de outras pessoas.
O caso é investigado como homicídio doloso qualificado, por recurso que impossibilitou a defesa da vítima e premeditação.
O casal estava junto há 21 anos e tinha dois filhos, uma jovem de 16 e um de 20. O rapaz também foi preso nesta terça, temporariamente, por suspeita de envolvimento no caso. Todos moravam no mesmo local.
“Ela relatou que foi agredida e ameaçada durantes esses 20 anos, e que recentemente o homem teria ameaçado agredir também os filhos, o que ela disse que não admitiria. Por isso, afirmou que cometeu o crime”, afirma a delegada, acrescentando que a mulher não fez registros contra o marido na polícia.
Segundo Vivian, os filhos confirmaram que a mãe era agredida. Na data do crime, a mulher chegou a registrar uma ocorrência por desaparecimento do marido. A polícia aguarda resultados da perícia para concluir o inquérito.
Com informações da GaúchaZH