Com o fim do inverno se aproximando e o gradativo aumento das temperaturas é natural que os cascavelenses queiram se refrescar para driblar o calor. No entanto, essa atividade requer muitos cuidados, pois os riscos de afogamentos são grandes, especialmente para as crianças.
Somente neste ano em Cascavel já foram registradas cinco ocorrências envolvendo afogamentos sendo quatro em crianças e o outro em um jovem de 20 anos numa represa em propriedade rural. Já quanto aos pequenos, a maioria se afogou em casa. Foram três registros de afogamento em piscina e um em açude.
Conforme o coordenador da Defesa Civil, Márcio Ribeiro, o afogamento é a segunda causa de morte em crianças de um a nove anos de idade e a terceira, entre 10 e 19 anos em todo o Brasil. Já os afogamentos em piscinas representam 53% de todos os casos entre crianças na faixa etária de 1 a 9 anos. “Além das piscinas as vítimas estão nas praias, nos rios e lagos. As crianças devem ficar próximas dos adultos e responsáveis. A distância recomendada é de um braço estendido apenas, não deixe seu filho distante de você”, alerta.
No Brasil, 5.840 brasileiros morrem afogados por ano, é uma média de 16 óbitos por dia.
Segundo Ribeiro, são três os principais motivos porque ocorrem os afogamentos: as pessoas desconhecem os riscos, não reconhecem seus limites físicos e não estão cientes de suas capacidades aquáticas diante do ambiente. “A prevenção não é primeiro socorro. Prevenção é evitar que a pessoa entre na água sem saber que ambiente espera por ela. É muito importante isso, pois ao entrar na água sem prevenção, infelizmente terá grande chance de se ter um afogamento. A melhor opção para evitar isso é educar no sentido de reconhecer a sua competência aquática diante do ambiente novo que você tomou contato”, pontua.
Saber nadar evita afogamentos?
Outro ponto que o coordenador da Defesa Civil destaca é que saber nadar não evita o afogamento. “A pessoa aprende a nadar na piscina, mas precisa considerar as dificuldades de um novo ambiente, como a praia e o rio, pois cada cenário tem suas facilidades de afogamento que são momentâneas e transitórias. O afogamento é muito perigoso, mais comum que do que se imagina, e na maioria das vezes, não se tem a segunda chance, não dá para errar. O afogamento é fatal, se você errar dentro de água terá grande possibilidade de morrer”, conclui Ribeiro.
Dicas para evitar afogamentos:
- Não deixe as crianças com distância do responsável superior a um braço.
- Cuidado com baldes, bacias e outros objetos cheios de água em sua residência, mantenha-os longe de crianças.
- Observe o local de banho, se praia, rio, lago ou piscina e reconheça os riscos do local, cada ambiente tem suas armadilhas próprios.
- Conheça seus limites físicos, você não é um super-homem.
- Reconheça suas capacidades aquáticas diante do ambiente, mesmo sabendo nadar o afogamento pode acontecer.
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