Opinião

Indústria paranaense debate impacto de fatores naturais em suas atividades

Conferência reuniu industriais e profissionais da zoologia na busca por soluções conjuntas
(Crédito da foto: Gelson Bampi/Sistema Fiep)
Conferência reuniu industriais e profissionais da zoologia na busca por soluções conjuntas (Crédito da foto: Gelson Bampi/Sistema Fiep)

Desafios ligados a fatores naturais que impactam atividades industriais foram debatidos, na última semana, na conferência “Zoologia na Indústria, novas tecnologias e perspectivas no auxílio à cadeia produtiva”. O evento, que fez parte da programação do 34º Congresso Brasileiro de Zoologia, realizado em Curitiba, uniu universidades, pesquisadores e profissionais da zoologia a setores da indústria afetados por problemas como o manejo de javalis e o controle de pragas em plantios florestais e em áreas cultivadas de cereais.

O presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Carlos Valter Martins Pedro, destacou a importância da busca por soluções conjuntas para dificuldades enfrentadas por setores como o alimentício e o madeireiro. “Essa integração com a academia precisa ser incentivada e buscada. Existe muita relação entre a indústria e a zoologia, com vários temas para serem abordados, por isso organizamos a conferência”, afirmou. Como resultado de reuniões técnicas realizadas durante o evento, foram criados grupos de trabalho, nas diferentes temáticas abordadas, para gerar conhecimento e definir soluções que contribuam para minimizar os impactos na atividade industrial.

Temas debatidos – A conferência debateu três temas. O primeiro foi o manejo e controle de javalis. A ameaça mais significativa dessa espécie exótica é de ordem sanitária, por serem agentes causadores e transmissores de doenças que afetam a suinocultura industrial. Além disso, a reprodução descontrolada e a ausência de predadores naturais resultam em impactos ambientais e socioeconômicos, principalmente para pequenos agricultores.

Também foi debatido o controle biológico de pragas em plantios florestais, como de eucalipto e pinus – utilizados pelas indústrias madeireira, moveleira e de celulose e papel –, que sofrem ameaça constante de espécies de insetos, especialmente vespas. Por fim, foram apresentadas ainda experiências com uso de novas ferramentas para monitoramento e controle de pragas em plantações de cereais.