Thomaz Bellucci conseguiu um feito e tanto em sua partida contra o número 1 do mundo, Novak Djokovic, pelas oitavas de final do Masters 1000 de Roma, nesta quinta-feira. Derrotou o sérvio por inacreditáveis 6-0 no primeiro set. O sérvio não levava uma surra assim desde 2012, quando outro monstro sagrado do tênis, Roger Federer, lhe impôs uma derrota num set sem que conquistasse um gamezinho sequer. Foi no Masters de Cincinnati, em agosto daquele ano. O suíço venceu aquela partida por 2 a 0 (parciais de 6-0 e 7-6)
A façanha de Bellucci nesta quinta, porém, não foi suficiente para classificá-lo. Nos dois sets seguintes deu Djokovic, por 6-3 e 6-2, e é ele quem avança às quartas de final, para enfrentar o espanhol Rafael Nadal.
Bellucci fez uma grande partida, talvez uma de suas melhores apresentações nos últimos tempos. E arriscou bolas que deixaram Djokovic atônito. Mas também cometeu erros não forçados em horas cruciais, o que permitiu ao sérvio, com maior experiência e jogo muito mais consistente, reagir.
Djokovic, por sua vez, deu demonstrações de que sofreu no jogo. Em vários pontos que ganhou vibrou efusivamente, num sinal de que Bellucci exigiu dele mais, talvez, do que esperasse. O sérvio, que vive fase espetacular, chegou à 35ª vitória em 37 jogos na temporada de 2016. Campeão do único Grand Slam disputado no ano, o Australian Open, Djokovic levou os títulos de cinco dos sete torneios de que participou até agora.
O líder do ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) tem como desafio este ano o Golden Slam, ou seja: a conquista dos quatro torneios mais importantes do mundo (Austrália, Roland Garros, Wimbledon e US Open) e da medalha de ouro nas Olimpíadas do Rio. Djokovic tem 64 títulos na carreira profissional, incluindo 11 de Grand Slam: seis na Austrália (2008 e 2011 a 2016); três em Wimbledon (2011, 2014 e 2015); e dois no US Open (2011 e 2015). Ainda lhe falta Roland Garros, do qual já foi finalista em três oportunidades: 2012, 2014 e 2015.