
“A vida política, profissional e pública do Presidente Michel Temer é reveladora de seu compromisso permanente e inarredável com a defesa e a promoção da necessidade central da liberdade de imprensa para a democracia. Sua atuação e seus votos ao longo da Assembleia Constituinte de 1988 revelam e confirmam tal compromisso”, declarou Temer, rebatendo o que chamou de tentativa de classificá-lo de “inimigo e censor da imprensa”.
Citando trechos da Constituição e também a lei Carolina Dieckmann, o presidente defendeu a privacidade e a intimidade.
“Trata-se, na verdade, dos direitos e garantias fundamentais assegurados pela Constituição Federal quando, em seu artigo quinto, inciso décimo, estabelece, e cito, que são invioláveis, ‘a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas.’ Este preceito constitucional foi reiterado pela Lei que se veio a conhecer como Lei Carolina Dieckmann, a qual jamais foi contestada no que determina”.
Nesta segunda-feira, após pronunciamento à imprensa em que repetiu que o governo não blinda auxiliares e ministros citados pela Operação Lava-Jato, Temer, irritado, respondeu a repórteres que não houve censura.
? Não houve isso, você sabe que não houve ? declarou.
A troca de mensagens faz parte do processo judicial contra o hacker Silvonei de Jesus Souza, que tramita na Justiça de São Paulo, ao qual o jornal teve acesso. Silvonei foi condenado a 5 anos e 10 meses de prisão em outubro do ano passado por tentar chantagear Marcela Temer utilizando conteúdo roubado do celular e de contas de e-mail da primeira-dama.