Curitiba Renovar os atuais contratos do pedágio no Paraná, cuja vigência vai até 2021, será penalizar os usuários com tarifas excessivamente altas e que têm sido vantajosas unicamente para as concessionárias que exploram as rodovias do Anel de Integração. Esse é o entendimento da Frente Parlamentar lançada ontem na Assembleia Legislativa e que vai debater o assunto em cidades estratégicas.
Mais de 20 deputados integram a Frente, que afirma não ser contrária à concessão de rodovias à iniciativa privada, mas sim ao modelo vigente no Estado há 19 anos. Coordenado pelo deputado Ademir Bier (PMDB), o grupo tem o apoio de importantes entidades representativas do setor produtivo.
Uma nova licitação é o que nós pretendemos, justamente porque são contratos que não deixaram claro, exatamente, até agora, as obras. E mais do que isso, o preço praticado é lesivo à economia do Estado do Paraná, declarou o presidente da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), Edson Campagnolo.
O deputado Tercílio Turini disse que a Frente veio para abrir a discussão do tema para toda a sociedade. O que pretendemos é levar essa discussão para todo o estado do Paraná, para que as pessoas opinem e pressionem o governo a não fazer a renovação.
As obras terceirizadas das concessionárias são feitas por empresas ligadas aos donos das concessionárias e são superfaturadas. Obras superfaturadas entram na planilha e esse superfaturamento serve como desculpa para aprovarmos cada vez mais aumentos de pedágio, ressaltou Requião Filho (PMDB), defendendo que o caso seja levado ao MPF (Ministério Público Federal).
CRONOGRAMA
Durante o lançamento, Ademir Bier anunciou de forma oficial o cronograma de encontros com líderes do interior do Estado para debater o tema. A primeira acontecerá em Ponta Grossa, no próximo dia 24. Em seguida, acontecerão reuniões em Foz de Iguaçu e Cascavel, no dia 17 de junho; Umuarama, em 24 de junho, e Londrina e Maringá, no dia 8 de julho.
TRANSPARÊNCIA
A Frente lançada ontem na Assembleia conta com a participação de mais de 20 parlamentares e pretende buscar a transparência até agora ofuscada pelos exploradores das rodovias. Para que isso aconteça, elencou oito itens que vão desde a aprovação de lei obrigando que qualquer entendimento com as concessionárias passe antes pelo crivo da Assembleia Legislativa até a realização de novas licitação para forçar a redução das tarifas.