Cascavel – O número de profissionais que atendem pelo programa Mais Médicos em Cascavel subiu de oito para 14 em praticamente dois anos. Fazem parte desse grupo cinco estrangeiros, que atuam nas USFs (Unidades de Saúde da Família) dos bairros Interlagos, Guarujá, São Francisco e Parque Verde.
O haitiano Patrick Sylvaince é um deles e completa no mês de junho dois anos de trabalho como clínico geral na cidade. Apesar de estar longe do país de origem, ele não encontra dificuldades na rotina de atendimentos.
“Tudo segue como o protocolo. Outros amigos já participavam do programa e por isso resolvi me inscrever. Em pouco tempo aprendi o português e os pacientes também foram bastante compreensíveis comigo”, comenta.
O contrato pelo Mais Médicos segue por mais um ano e se depender do clínico, ele permanecerá por mais tempo na cidade.
“Me sinto muito bem aqui e disposto a continuar, mas caso contrário, se não houver prorrogação do contrato, volto para casa feliz por tudo que fiz”, complementa Sylvaince.
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Por dia, o médico haitiano atende, em média, 14 pacientes na USF do Parque Verde. A carga horária de trabalho é de 40 horas semanais, o que permite um dia de estudos de qualificação à profissão, como previsto pelo governo federal.
De acordo com a Secretaria de Saúde de Cascavel, por meio do programa foi possível ampliar a oferta de atendimentos na atenção primária em saúde.
“O Mais Médicos tem atingindo todas as expectativas e percebemos que a população está muito satisfeita com esses profissionais”, afirma a assessora de gestão estratégica, Mara Lucia Renostro Zachi. Entretanto, ainda não há previsão de novas contratações para o município.
O programa é dividido em três formas de contratação pelo Ministério da Saúde. Pela cooperação internacional, os estrangeiros podem permanecer três anos no Brasil, com possibilidade desse prazo ser prorrogado.
Contrato com a mesma regulamentação é aberto a profissionais brasileiros e por meio do programa de valorização do profissional da Atenção Básica – Provab Médicos, o acordo é para atuação em um ano, com possibilidade de migração para outro regime e também soma de pontos para a seleção em residência médica.
