Quedas do Iguaçu – Uma equipe da Polícia Militar fez sobrevoos na quinta-feira (11) em áreas invadidas por sem-terra no Sudoeste do Estado. As informações e as imagens colhidas darão suporte à análise da situação e à possível elaboração de um plano para reintegrações.
Apenas de um ano e meio para cá, cinco áreas de três propriedades rurais foram ocupadas. As três invasões mais recentes ocorreram nesta semana, uma delas na Araupel e outras duas em fazendas vizinhas à propriedade da empresa – Dona Hilda e Santa Rita.
A violência do MST, que na terça-feira destruiu mais de 1,2 milhão de mudas em viveiros em Quedas, com prejuízo de R$ 4 milhões em 20 minutos, revolta moradores e líderes de setores organizados.
A pressão sobre o governo estadual pela reintegração, que já era grande, cresce ainda mais. Entidades como Faciap, Caciopar, Sociedade Rural do Oeste e Sindicato Rural Patronal de Cascavel pedem que o Governo do Paraná cumpra os mandados de reintegração e garanta a obediência a um princípio fundamental da Constituição, o de direito à propriedade.
Inércia
O presidente do Sindicato Rural, Paulo Orso, afirma que a inércia do governo em cumprir as reintegrações faz mal ao conjunto social. Para o líder ruralista, o respaldo, a complacência e a conivência do Estado em relação às ações ilegais do MST podem provocar o recrudescimento da violência no campo, uma vez que a autoridade estadual não cumprindo a lei, os proprietários rurais muitas vezes procuram defender as suas terras com as próprias forças e recursos disponíveis.
O deputado federal Evandro Roman emitiu nota na qual repudia as ações, que classificou como criminosas, praticadas pelo MST.