Toledo – Celebrado nesta quarta-feira, o Dia Mundial do Câncer é um momento de mobilizar a sociedade para o debate sobre a grave doença que provoca o segundo maior número de mortes no País.
Na região Oeste, foram 1.370 óbitos no último ano e em 2014, 1.365. Os dados são preliminares e fazem parte do SIM (Sistema de Informações de Mortalidade). As causas mais comuns são por câncer de pulmão, de mama e próstata, que provocaram 916 mortes nos dois anos.
As estatísticas reforçam a necessidade de ampliar o diagnóstico precoce e fazer com que a trajetória do tratamento seja bem sucedida a mais pacientes.
Quanto mais cedo for descoberto o tumor há uma chance de cura de 90%, pois ele ainda estará em estágio pequeno. Com o tempo há o risco de se criar mutações e de que o tumor atinja mais que um órgão. Por isso, orientamos que o maior investimento deve ocorrer com a medicina preventiva e na realização de exames periódicos, afirma o oncologista Fábio Henrique de Araújo que atende no Ceonc em Toledo.
Embora fatores genéticos estejam implicados no surgimento da doença, o estilo de vida também contribui para o desenvolvimento.
Há uma combinação de fatores relacionados ao ambiente, pré-disposição genética e também com os hábitos de cada pessoa. Se o paciente fumou durante toda vida e tem pré-disposição familiar, o risco é maior, complementa o oncologista.
De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), o tipo de câncer mais incidente em 2016 em ambos os sexos será o de pele não melanoma (175.760 casos novos a cada ano). Na região Oeste, o câncer de pele provocou a morte de 13 pessoas no ano passado e de 23 em 2014. Conforme o oncologista, esse tipo de doença é o mais prevalente na região.
A incidência é maior entre a população de descendência alemã e italiana que pele mais branca. No entanto, o cuidado deve ser redobrado por todos, com o hábito diário de se utilizar o filtro solar. Apesar dos casos serem maiores em números absolutos, não há grande incidência de óbitos, pois após cirurgia o paciente consegue se curar, ressalta Araújo.
Campanha
O Dia Mundial do Câncer, lembrado em 4 de fevereiro, une a população de todo o mundo pelo controle do câncer. A data foi instituída em 2005 pela UICC (União Internacional para o Controle do Câncer) e tem como principal objetivo fazer com que o maior número de pessoas ao redor do planeta fale sobre a doença.
A campanha 2016-2018 pretende mostrar como todos em grupo ou individualmente podem fazer a sua parte para reduzir o câncer. Por isso, o tema escolhido foi:
Nós podemos. Eu posso.
Assim como o câncer afeta cada um de diferentes formas, todas as pessoas têm o poder de tomar diversas atitudes para reduzir o impacto nos indivíduos, nas famílias e nas comunidades.
Estatísticas
De acordo como o Inca (Instituto Nacional de Câncer), atualmente 8,2 milhões de pessoas morrem por ano de câncer no mundo. No Brasil, foram registradas 189.454 mortes por câncer em 2013. Para 2016, estima-se a ocorrência de mais de 596 mil casos da doença no País. Entre os homens, são esperados 295.200 novos casos, e entre as mulheres, 300.870.
Fosfoetanolamina
A Frente Parlamentar da Saúde de Cascavel mantém apoio aos atos alusivos ao Dia Mundial de Combate ao Câncer.
De quinta-feira até sábado haverá coleta de assinaturas solicitando ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao Congresso Nacional a liberação da fosfoetanolamina sintética, substância que tem demonstrado eficiência no tratamento da doença, afirma o vereador João Paulo.
Ele lembra que mais de 1,5 mil pessoas buscam atendimento diário na Uopecan e no Ceonc e que por isso, toda a sociedade deve estar engajada nesse movimento.