Cotidiano

Formação de equipes periciais

O custo com o transporte de pacientes, que se transformou em um círculo vicioso na saúde, é elevado e pressiona uma conta que não fecha

Santa Helena – Com tudo o que viu, leu e vivenciou na área da saúde em mais de 40 anos de trabalho, o médico Edmar Stieven defende algumas medidas práticas para a reestruturação do setor. Uma das soluções viáveis e de grande impacto, afirma ele, está em convencer líderes políticos, gestores e entidades da área à formação de equipes periciais nos próprios municípios. Elas seriam responsáveis pela análise dos casos e da orientação quanto às saídas mais práticas, econômicas e eficientes para cada um.

O custo com o transporte de pacientes, que se transformou em um círculo vicioso na saúde, é elevado e pressiona uma conta que não fecha. A criação de equipes de perícia reduziriam, a curto e a médio prazos, segundo Edmar, em pelo menos 50% os encaminhamentos, gerando otimização de recursos e desafogando hospitais regionais. Diante de uma política assistencialista e sem nenhum tipo de triagem, não demoraria para que o caos chegasse aos hospitais. Públicos e privados, salvo exceções, enfrentam dramas parecidos. Os casos mais recentes estão no Germano Lauck, de Foz do Iguaçu, e no Bom Jesus, de Toledo.

O superintendente do Bom Jesus, Thiago Stefanello, ao lado de diretores da unidade, de líderes políticos e de empresários, busca de todas as formas os recursos que o hospital requer para seguir atendendo. “A situação é dura e não fosse a sinalização de liberação de recursos emergenciais por parte do Ministério da Saúde (dez parcelas de R$ 600 mil, cada), já teríamos encerrado as atividades”. A defasagem na tabela de pagamentos de procedimentos e internações é enorme e, de outro lado, os custos aumentam de forma assustadora. “Muito precisa ser revisto para que mudanças positivas ocorram”, diz Stefanello.