Curitiba – A Ferroeste acaba de confirmar um passo importante para que as suas contas fechem no azul pela primeira vez desde que voltou para o controle do Estado, em 2007.
Houve crescimento de 143% no volume transportado em janeiro deste ano em comparação com igual período de 2015. Foram 48 mil toneladas transportadas no chamado fluxo interno (trecho de 248 quilômetros entre Cascavel e Guarapuava) contra 19,7 mil do primeiro mês do ano passado.
O presidente da empresa, João Vicente Bresolin Araújo, informa que o dado aumenta a confiança de que a empresa consiga fechar o atual exercício com dinheiro em caixa.
Essa é uma mudança expressiva e significativa, porque em nove anos, de 2007 a 2015, a Ferroeste acumulou déficit.
João atribui a mudança a vários fatores, mas principalmente aos investimentos em material rodante, o que aumentou consideravelmente a capacidade de fluxo de cargas. Quando o Estado reassumiu a ferrovia eram apenas cinco locomotivas e 60 vagões e, mesmo assim, as condições não eram das melhores.
Somente no ano passado, o governo estadual injetou mais de R$ 4 milhões na compra de locomotivas e vagões, que agora, respectivamente, somam 15 e 460. A empresa também fez melhorias nos trilhos e ampliou parcerias, contribuindo para que a missão da estrada de ferro possa ser cumprida com maior resolutividade.
Volume
Para que a Ferroeste feche no azul pela primeira vez em nove anos, a empresa terá de transportar 1,2 milhão de toneladas durante 2016.
Começamos muito bem e, caso nenhum imprevisto mais sério ocorra, vamos conseguir alcançar a meta, afirma João Vicente.
Além de gerar superávit, o volume, caso confirmado, será o maior da história do fluxo interno da empresa. Boa parte do que foi transportado no trecho da ferrovia em janeiro último é soja (60%) e tem como destino Guarapuava.