RIO ? O candidato do PSOL à prefeitura do Rio, Marcelo Freixo, respondeu com ironia ao ser perguntado sobre uma virtude de seu adversário na disputa, Marcelo Crivella (PRB). Segurando o riso, em entrevista ao ?RJTV?, da TV Globo, Freixo disse que o oponente é um ?bom pai?. A resposta foi a mesma dada pela candidata do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, a respeito do candidato republicano, Donald Trump, durante um debate na televisão.
Freixo listou nomes que vão coordenar a transição de governo em quatro áreas, caso ele seja eleito. Segundo o candidato, desta lista sairão os secretários de cada pasta. Na Saúde, ele vai contar com o médico Ary Miranda e os pesquisadores Hermano Castro, da Fiocruz, e Lígia Bahia, da UFRJ. Na educação, a equipe terá o sociólogo Marcelo Burgos, a professora da UFRJ Alessandra Nicodemos e o pedagogo Aristeo Leite. Na área de Transportes, o engenheiro Rômulo Orrico, o ex-secretário municipal de Transportes de São Paulo Lúcio Gregori e a professora da UFF Fernanda Sánchez, especialista em planejamento urbano, estarão na equipe. Já na Coordenação de Governo, que Freixo pretende transformar em uma Secretaria de Planejamento, os nomes são os da economista Laura Carvalho, professora da USP, da ex-vereadora Andréa Gouvêa Vieira e da economista Leda Paulani, ex-secretária municipal de Planejamento de São Paulo.
O candidato reafirmou também não ter ligação com os black blocs e rebateu um vídeo usado na campanha de Crivella em que, perguntado sobre o tema, evita condenar os atos dos integrantes do movimento.
? Minha frase não diz respeito a esse fato especificamente (violência dos black blocs). Eu era perguntado sobre a violência nas ruas da polícia e dos movimentos como um todo. Os black blocs nao tem qualquer relação com meu partido. Nós nunca tivemos qualquer ação violenta. Violência é condenável. Nunca concordei com black bloc ? afirmou Freixo.
Freixo disse também que não tem ?aliança? com o PT e afirmou que o partido está ao seu lado neste segundo turno porque, nesta fase da campanha, é ?voto ou veto?.
? Votei na Dilma no segundo turno e apoiamos (a então candidata à reeleição) no segundo turno, não no governo. O PSOL fez oposição. Todos os secretários (de um eventual governo do PSOL) serão escolhidos sem indicação partidária. Não temos conivência com a corrupção ? disse o candidato.
Freixo disse ainda que a frase em que criticou o juiz Sérgio Moro, quando afirmou ser ?preocupante? um magistrado ?extrapolar as exigências do cargo? foi relacionada especificante a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
? Nenhum poder está acima da lei. Apoio todas as investigações contra corrupção, só não podem ser seletivas. Essa frase foi sobre a condução coercitiva. Muitos consideraram que houve excesso ? ressaltou.