
? Ele pediu um teto bonito e tinha gostado de uma casa que fizemos em Angra, que chamamos Casa Folha. Como adoramos formas orgânicas, ao olharmos o pinhão que sai das pinhas das araucárias, foi um clique imediato. Partimos da sua forma para começar o projeto ? conta Ivo.
Com 1.300m2, a casa tem um telhado de estrutura metálica coberta de telha taubilha, que vai ficando prateada. Com quatro andares, tem cinco suítes, sendo uma delas no primeiro piso e um percurso interno inusitado: uma rampa sinuosa que atravessa todos os andares e que vai surpreendendo a cada passo.
? Essa rampa dá fluidez à sequência de vistas que vão enriquecendo o caminho. Transforma o deslocamento numa experiência ? acrescenta Rafael.
O dono da casa, um colecionador de vinhos, não abriu mão de ter uma boa adega que, acreditem, não tem climatização artificial. Os arquitetos projetaram um espaço no subsolo para acomodar as garrafas que, devido ao clima frio do lugar, mantêm a temperatura no ponto ideal. Nesse patamar, ficam a sala de máquinas e a área de serviços. No primeiro andar, que tem sete metros de pé direito, ficam a cozinha, o living com uma lareira escultural, a sala de jantar e um dos quartos. O revestimento da fachada mistura tijolinhos e ardósia ferrugem, que envelhecem com dignidade. Por dentro, a casa é revestida de ripas de peroba mica certificada ? que aguenta a umidade e afasta insetos ? de tamanhos diferentes. Segundo os arquitetos, o projeto foi um sucesso por conta da parceria feita com o engenheiro Osmar de Oliveira, que conhece muito bem os materiais mais adequados para resistirem ao frio. O piso radiante ajuda a aquecer os ambientes e a piscina fica no spa, com vista para a paisagem e cobertura de vidro.