Foz – O programa Cultivando Água Boa, da Itaipu e parceiros, deve servir como referência para a recuperação da Bacia do Rio Doce, na região de Mariana (MG), afetada pelo rompimento da barragem da Samarco. O anúncio foi feito na abertura da 13ª edição do encontro do Cultivando Água Boa, quinta-feira, no Rafain Palace, em Foz do Iguaçu, pelo presidente da Agência Nacional de Águas, Vicente Andreu. A medida consta no Diário Oficial de Minas Gerais, de 15 de janeiro deste ano, que prevê recuperação da bacia do Rio Doce e de seus afluentes, ampliação das áreas de vegetação nativa e de outras degradadas. Não temos melhor tecnologia social para a recuperação do rio Doce do que a do CAB, afirmou Andreu.
Os recursos sairão de um Fundo de Recuperação das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais. O investimento é da ordem de R$ 6,5 milhões. A medida é um desdobramento de um acordo de cooperação técnica assinado entre o governo de Minas e a Itaipu para implantar o CAB no Estado, firmado em março de 2015. Hoje é um dia de celebração. Há quase um ano recebíamos o prêmio da ONU-Água e, graças às parcerias e ao apoio que celebramos aqui na região, temos esta conquista, compartilhada com vocês e sendo levada para outros lugares, disse Jorge Samek, diretor-geral brasileiro de Itaipu.
Parcerias
A cerimônia desta quinta-feira foi marcada pela expansão do programa de Itaipu na Bacia do Paraná 3, com a assinatura de novos convênios e da replicação do CAB em outras regiões do País e do mundo. Durante a solenidade, também foi formalizada a intenção do governo da Costa Rica em aplicar o CAB no país da América Central. O pedido de parceria foi solicitado em carta, assinada pela ministra de Planejamento da Costa Rica, Olga Marta Sanchéz Oviedo.
Durante o evento, foram assinados 11 convênios dez para recuperação de microbacias e outro para reforma do barracão de Santa Terezinha de Itaipu. As demais cidades beneficiadas são Mercedes, Maripá, Entre Rios do Oeste, Marechal Cândido Rondon, Mundo Novo, Pato Bragado, Ramilândia, Santa Helena, Matelândia e Vera Cruz do Oeste, todas na área de influência da Itaipu, na Bacia do Paraná 3. O investimento é de R$ 16 milhões e a contrapartida de Itaipu é de 50%, na ordem de R$ 8 milhões.
Evento celebra Prêmio ONU-Água
Com mais de 3.000 participantes, o 13º Encontro do CAB celebra com a comunidade e parceiros a conquista do Prêmio ONU-Água, recebida pelo programa em março do ano passado. O encontro prossegue até sexta-feira (18), no mesmo local.
A solenidade de abertura contou com a presença do diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, e do diretor de Coordenação, Nelton Friedrich, e de diversas autoridades, como a diretora do Programa da Década da Água das Nações Unidas, Josefina Maestu, idealizadora do Prêmio ONU-Água e representante da Direção Geral da Água da Espanha.
Em sua fala, Josefina também defendeu que o CAB continue sendo levado a outras nações. [O CAB] é um caso de inovação, de fazer coisas de um jeito diferente e único, que pode servir ao Brasil e ao resto do mundo.