Cascavel – Os números apresentados pelos movimentos Vem Pra Rua e Brasil Livre, organizadores dos protestos de domingo (13) em todo o País, indicam que ao menos 500 mil paranaenses saíram às ruas de mais de 40 cidades do Estado para protestar contra a corrupção.
A maior manifestação foi em Curitiba, onde a Polícia Militar calculou uma multidão de 200 mil e os organizadores estimaram um público de 250 mil.
Demos uma lição de cidadania e democracia. O povo já fez sua parte, agora depende do Congresso Nacional e do TSE, mas estaremos vigilantes e mobilizados, disse Eder Borges do MBL, defendendo o afastamento da presidente Dilma Rousseff.
Depois de Curitiba, os maiores protestos no Paraná foram registrados em Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Campo Mourão, Ponta Grossa, Paranavaí, Cascavel e Guarapuava.
Com faixas, cartazes, bandeiras e vestidos de amarelo, os manifestantes não pediram apenas a saída de Dilma Rousseff da Presidência da República. Também cobraram o afastamento dos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Eduardo Cunha, e do vice-presidente Michel Temer, além da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Também sobrou para a senadora Gleisi Hoffmann e o marido Paulo Bernardo, além de inúmeros outros políticos paranaenses implicados em casos de corrupção.
Apoio a Moro
Paranaense de Maringá e que já atuou como juiz em Cascavel, Sergio Moro foi colocado pelos manifestantes como uma espécie de herói nacional. Em todas as cidades onde houve manifestação era possível ver manifestações de apoio ao magistrado que comanda a Operação Lava Jato.
Em nota à imprensa, Moro se disse “tocado” pelas manifestações e lembrou que não há futuro num quadro de corrupção sistêmica como o que afeta o País.
Apesar das referências ao meu nome, tributo a bondade do povo brasileiro ao êxito até o momento de um trabalho institucional robusto que envolve a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e todas as instâncias do Poder Judiciário. Importante que as autoridades eleitas e os partidos ouçam a voz das ruas e igualmente se comprometam com o combate à corrupção, reforçando nossas instituições e cortando, sem exceção, na própria carne, pois atualmente trata-se de iniciativa quase que exclusiva das instâncias de controle”, escreveu Moro.