Os passageiros do transporte público da cidade esperam há anos a finalização do contrato firmado ainda em 2020 entre a Prefeitura e a Construtora Guilherme, para a instalação de 815 novos abrigos, após a realização de uma licitação em que a empresa foi vencedora. De lá para cá o contrato vem se arrastando e mais uma “prorrogação de prazo” foi concedida à empresa que terá até outubro deste ano para executar o serviço. Já o prazo de contrato só se encerra em novembro do ano que vem.
Nesta terça-feira (9) foi publicado no Diário Oficial do Município o décimo sexto termo aditivo do contrato que se arrasta desde então. A reportagem do Jornal O Paraná acompanha este contrato desde que foi firmado e que acabou sofrendo com o impacto financeiro provocado pela a pandemia do Covid-19, quando os preços dos materiais de construção tiveram uma alta muito elevada.
Por meio de nota a Sesop (Secretaria de Serviços e Obras Públicas) informou que tem investido na reestruturação de toda a cidade, entre elas, a instalação de novos abrigos de ônibus, substituindo os antigos pontos que não tinham estrutura lateral e lixeiras. Além dos abrigos totalmente modernizados, há adequação da calçada no espaço, com a garantia de acessibilidade.
O contrato com a empresa prevê a instalação de 815 novos abrigos. No entanto, considerando as interferências e as dificuldades dos locais de instalação dos abrigos e as revitalizações de ruas e avenidas em andamento que receberão esses pontos, a Sesop estendeu o prazo de execução dos abrigos até o dia 31 de outubro de 2024. Do total de 815, faltam 131 abrigos, que, por sua vez, já estão em processo de fabricação.
Relembre o caso
Em outubro do ano passado a Construtora Guilherme retomou a instalação dos novos abrigos dos ônibus, assim como havia ajustado com a Sesop. Na época a promessa era de instalar cerca de 40 abrigos que estavam prontos e montados na empresa. O prazo que terminava em outubro foi prorrogado até abril deste ano, e agora prorrogado novamente. Na época o secretário da Sesop, Sandro Rocha Rancy, disse que acreditava que o prazo era necessário para terminar as instalações devido à importância do contrato.
Rancy disse ainda que existem cerca de 1,3 mil pontos de ônibus na cidade e com a finalização do contrato iria melhorar e muito a qualidade dos abrigos, que são mais modernos e com uma estrutura diferente. O valor inicial do contrato era de cerca de R$ 14 milhões, valor que já passa de R$ 17 milhões com os reajustes. A obra é financiada pela Caixa Econômica Federal, com recursos do FGTS e que têm 5% de contrapartida do Município de Cascavel, para a instalação de todo o conjunto desde a construção da base, calçada e das rampas de acesso.