Em São João do Oeste, distrito de Cascavel, 62 famílias moram em uma área de 22,2 mil metros quadrados invadida há cerca de dez anos. Segundo um dos líderes desse grupo Dorival Rodrigues da Silva, a área foi adquirida pelo Município há mais de 20 anos, que a deixou parada. “Ficava aquela enrolação, entrava governo, saía governo e nada. Esse terreno é para habitação, mas nunca fizeram nada. Então, há dez anos, encabecei a invasão. E só agora chegou esse governo que quer nos ajudar. Esperamos que agora possamos obter a regularização”, conta Dorival. “Nos só queríamos que cada um tivesse sua luz e água. Não nos importamos em pagar o terreno, só queremos ter o nosso canto”.
Segundo o presidente da Cohavel (Companhia de Habitação de Cascavel), Nei Hamilton Haveroth, o Município trabalha para que essa situação seja regularizada o quanto antes. “Isso demora um pouco, a documentação, tudo. O terreno será da Cohavel e as famílias regularizadas. Vamos dividir os lotes e cobrar um valor pelos terrenos. Até que o lote seja quitado, ficará no nome da Cohavel, e depois que estiver pago será feita a escritura para o proprietário do imóvel”.
Doação do imóvel
Em junho, o prefeito Leonaldo Paranhos sancionou a Lei 6.849, de 17 de maio de 2018, que autoriza a doação do imóvel constituído pelo lote nº 71-A-1 da Gleba nº 4, da Colônia "M", São João e Esperança, à Cohavel para fins de regularização fundiária.
Isso inclui também moradia e essas famílias passarão por um processo de atendimento das equipes da Cohavel, em parceria com a Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná), até receber a titularização dos imóveis.