EM BRASILÍA

Verde-amarelo: Caminhada pró-anistia reuniu multidão pelas ruas de Brasília, ontem

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Brasília - Com a presença do casal Jair e Michelle Bolsonaro, dezenas de parlamentares e outras lideranças, a “Caminhada Pacífica pela Anistia Humanitária” reuniu milhares de pessoas vestidas de verde e amarelo. A concentração teve início na Torre de TV, no Eixo Monumental, e seguiu, com um carro de som, até a Esplanada dos Ministérios. O objetivo da oposição foi aumentar a pressão para que o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), destrave a votação do projeto de lei da anistia para os presos do “8 de janeiro”.

Mesmo ainda em processo de recuperação após cirurgia e longa internação de 22 dias – decorrente de complicações da facada que sofreu em 2018 – Bolsonaro contrariou a orientação médica, participou do evento e discursou. “Quem esperava um público como esse em Brasília no meio da semana? Ninguém esperava. A presença de vocês aqui é a certeza de que estamos no caminho certo. A anistia é um ato político e privativo do Parlamento brasileiro. O Parlamento votou, ninguém tem que se meter em nada”, afirmou o ex-presidente.

“Esperança”

Durante sua fala, Bolsonaro afirmou que o Brasil passa por um momento difícil e que não se pode baixar a cabeça. “Não vamos perder a esperança. Vamos continuar lutando. Não vamos baixar a cabeça para ninguém. Se queremos democracia, liberdade e uma pátria melhor, todos nós somos responsáveis pelo futuro do nosso país”, enfatizou.

“Mais uma vez, Ele me deu outra vida. Sou muito grato a Ele. Jamais esperava ser vereador, acabei sendo presidente da República. Deixamos uma marca no meio de vocês. Vocês conheceram as entranhas dos Poderes, vocês conheceram seu país por dentro. Hoje sabemos quem somos, o que queremos e para onde iremos”, completou o ex-presidente.

Michelle Bolsonaro e a Anistia

Ao discursar, Michelle Bolsonaro relembrou a decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF, que beneficiou a ex-primeira-dama do Rio de Janeiro, Adriana Ancelmo — condenada em um desdobramento da Lava Jato. Ela mencionou que a prisão de mulheres grávidas ou com filhos pequenos era preocupante e, por isso, defendeu medidas alternativas.

“Pois bem, meus amados, Débora Rodrigues pegou dois anos de prisão, está em casa, pode voltar para a cadeia, tem dois filhos pequenos. Por que a balança só pesa para um lado? Temos que exigir anistia já, justiça para Débora, justiça para Vildete, de 74 anos, com 40 quilos, que está tratando de um câncer e não pode estar em casa”, disse Michelle.

E completou: “Aqui, um agradecimento ao ministro Luiz Fux, que foi sensato em seu voto em favor de Débora. Muito obrigada”.