WASHINGTON ? Se a candidata à Presidência dos EUA Hillary Clinton está em maior evidência do que nunca, não se pode dizer o mesmo de seu novo livro. A menos de dois meses das eleições, ?Stronger together?, escrito com seu vice-presidente, Tim Kaine, é considerado um fracasso de vendas. Desde que chegou às livrarias, em 6 de setembro, a edição vendeu 3 mil cópias ? número ínfimo em relação aos anteriores da democrata e aos de outros políticos.
Segundo o jornal ?New York Times?, é um consenso entre livreiros americanos que as grandes apostas editoriais faturem um terço do total de vendas logo em sua primeira semana no mercado, impulsionadas pelo marketing que precede o lançamento. Mesmo promovido por Hillary e Kaine em campanha, ?Stronger together? fechou o período com 2.912 edições vendidas. O último livro de Hillary, ?Hard choices?, de 2014, liquidou 85 mil cópias no mesmo recorte de tempo, enquanto ?Living history?, de 2003, vendeu seis vezes mais do que o posterior.
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Pouco antes das eleições de 2008, o livro de Barack Obama ?The audacity of hope?, lançado em 2006, vendia uma média de 35 mil cópias por semana, lembrou o ?New York Times?. Outro best-seller, a autobiografia da senadora Sarah Palin, ?Going rogue: an American life?, chegou a 469 mil em sua primeira semana nas livrarias, em novembro de 2009.
Ao contrário dos outros títulos, que reúnem memórias e reflexões da senadora, ?Stronger together? fala dos planos e promessas da campanha de Clinton. Seu adversário, o republicano Donald Trump, lançou um livro com a mesma proposta em novembro do ano passado ? ?Crippled America: how to make America great again?, que foi republicado com o nome ?Great again: how to fix our crippled America?. Juntas, as edições venderam 199 mil cópias desde o ano passado. O número inclui os volumes comprados pelo próprio Trump para distribuição gratuita, o que custou U$ 50 mil à sua campanha.
