RIO – Foi uma lavada. A passagem meteórica de Adam Peaty reverberou no Estádio
Aquático Olímpico. Ao quebrar o recorde mundial dos 100m peito, com 57s55 o
britânico arrancou aplausos e deixou os brasileiros de queixo caído, dentro e
fora da piscina, no primeiro dia de natação. Natação 06-08
Ao sair da água, João Gomes Jr. já comentava o desempenho do britânico,
favorito ao ouro hoje à noite. Com o oitavo tempo classificatório estava um
pouco perplexo, mas ainda otimista.
? Ele deu recado, lógico. É uma prova bem forte, um tempo bem forte. Mas não
podemos defini-lo já como campeão olímpico ? declarou João sobre Peaty, que dava
entrevistas logo ao lado.
O recorde da modalidade já pertencia ao britânico de 21 anos, natural de
Uttoxeter, que conseguiu baixá-lo em 0.37 segundos.
? Só sei que foi rápido, muito rápido. Mas quando faltavam 25 metros para
acabar, comecei a ouvir o público gritar ? disse Adam Peaty.
Atual campeão mundial dos 50m e dos 100m peito, Peaty é um produto da
evolução da natação inglesa neste ciclo e após o fiasco em Londres-2012, quando
terminou em 15º na colocação geral da modalidade, com três medalhas, mas nenhuma
de ouro.
? A natação mundial evoluiu ? explicava Joanna Maranhão após a sua eliminação
nos 400m medley, prova em que ela com o 15º tempo geral. Katinka Hosszu, além do
ouro, estabeleceu novo recorde mundial, com 4:26.36. Maya Dirado (EUA) e Mireia
Belmonte (ESP) foram 2ª e 3ª.
O revezamento 4x100m não terá a segunda chance. Em uma série dominada pelas
australianas, que bateram o recorde olímpico (3:32.39), Larissa Oliveira, Etiene
Medeiros, Daynara de Paula e Manuella Lyrio fizeram 3m39s40, o 11º lugar.
À noite, Daiene Marçal e Daynara de Paula perderam na semifinal dos 100m
borboleta, prova na qual Sarah Sjostrom bateu recorde olímpico: 55s84.
Brandonn Almeida não passou nos 400m medley e Luiz Altamir, nadador do
Flamengo, também ficou pelo caminho no 400m livre.
