RIO – O adiamento das competições de remo na Lagoa Rodrigo de Freitas neste domingo
se deve, em grande parte, a problemas no sistema Albano de raias. As demarcações
das linhas de competição, semelhantes às raias de uma piscina, começaram a
invadir boa parte do espaço de competição dos remadores devido aos fortes ventos
que incidiram sobre a Lagoa nesta manhã.
A situação trouxe desconforto ao diretor-executivo da Federação Internacional
de Remo (Fisa), Matt Smith. Medindo as palavras, ele evitou culpar o
problema por falhas na instalação, garantindo que esta seguiu todos os
parâmetros necessários.
? As especificações se aplicam a condições normais, e os ventos aqui são
incomuns, especialmente por conta da proximidade com a montanha, que forma uma
espécie de “micro-clima” na Lagoa. Não estamos
culpando os instaladores da raia. Ainda não havíamos experimentado essas
condições, com ventos de tamanha velocidade vindo das montanhas e incidindo em
um ângulo de 80º a 90º nas raias ? avaliou Smith.
Segundo o diretor da Fisa, os cabos que formam o sistema Albano de raias
chegavam a invadir até metade do traçado, o que tornava impraticável que as
competições acontecessem neste domingo. Os ventos pela manhã chegaram a 12 m/s,
com rajadas de até 15 m/s.
As competições canceladas neste domingo foram deslocadas para segunda-feira,
a partir das 9h30m. Antes, a partir das 8h30m, serão disputadas seis baterias de
provas que já estavam marcadas para segunda. Os torcedores que não puderam
assistir às provas neste domingo, por conta do cancelamento, serão reembolsados.
Ainda há ingressos disponíveis para compra para as provas de segunda-feira.
A instalação do sistema Albano de raias é responsabilidade do Comitê Rio-2016. Procurada por email às 12h52, a assessoria de imprensa do comitê ficou de dar retorno à reportagem do GLOBO.