A Maracanã S.A. (Odebrecht e AEG) negocia a venda do contrato de administração do Maracanã com a Lagardère e a GL Events. Depois de anunciar a saída da disputa, GL retomou as negociações com a atual concessionária. Mas a parceira de Fla e Flu deixou de ser favorita.
A manobra a GL Events de anunciar, apenas publicamente, que estava desistindo de assumir o Maracanã, não foi tão bem-sucedida quanto a empresa imaginava. As negociações que estavam muito avançadas foram retomas. Porém, ela não é mais a opção preferencial dos executivos da empresa.
Apesar de ter mais garantias financeiras, ou seja, o capital da empresa é maior que o da concorrente, a GL reclama das garantias jurídicas exigidas pela Odebrecht. A Lagardère, por sua vez, também aceita pagar os R$ 60 milhões pela venda, arcar com os R$ 20 milhões em obras que o Maracanã e o Maracanãzinho exigem, mas não reclama das exigências jurídicas. Com o cenário ainda indefinido, prazo para a negociações foi estendido até o jogo entre Flamengo e San Lorenzo, no dia 8 de março.
Enquanto isso, a Lagardère tenta conquistar o Flamengo, como adiantou o blog Panorama Esportivo. O modelo de gestão a ser apresentado ao clube será baseado, entre outros pontos, na administração da bilheteria. Como faz com o Ceará no Castelão, a Lagardère pretende deixar com o Flamengo a venda de ingressos.
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Principal entrave na aproximação com o clube é a parceria com a BWA, que não é bem vista na Gávea. A empresa, porém, não participa desta concorrência. A BWA, que já trabalhou com o Flamengo, é parceira da Lagardère na empresa Lu Arenas, responsável pela bilheteria do Independência, estádio administrado pelos franceses.
No entanto, apesar do jogo de sedução, há resistência no rubro-negro. O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira, confia na permanência da GL na disputa e mantém a posição a respeito do grupo Lagardère.
? Não tenho nenhuma informação oficial da desistência da GL. E, quanto ao outro grupo, dissemos que não iríamos participar e mantenho a nossa posição ? disse Bandeira.
O contrato do Flamengo com o Maracanã expirou em dezembro. O do Fluminense ainda está em vigor e vale por mais 30 anos.
