INDIANÁPOLIS, EUA – Em um “tour da vitória” após a eleição nos EUA e pela conquista da manutenção de mais de mil postos de trabalho da gigante de ar-condicionado Carrier, o presidente eleito Donald Trump ameaçou com consequências empresas americanas que saírem do país. O republicano ofereceu cortes fiscais e regulações específicas para incentivar a permanência das empresas no país matriz. Ele voltou a dizer que construirá um muro na fronteira com o México, mas não entrou em detalhes.
? As companhias não vão abandonar os EUA sem consequências. Isto não acontecerá ? disse Trump em visita à Carrier, sediada em Indiana, com a qual negociou para que a empresa não realocasse os trabalhos para o México. ? Seus impostos estarão mais baixos e suas regulações desnecessárias desaparecerão. Precisamos de regulações por segurança e ambiente. Mas a maioria das regulações não tem sentido.
Trump, que durante a campanha disse que o México rouba trabalhos dos EUA e “envia imigrantes criminosos e doenças”, disse que “não se tolerará mais” a migração de postos de trabalho para o país vizinho. Seis das oito grandes companhias de ar condicionado migraram ao México.
? Nós gostamos do México. Estive há três meses com o presidente do México, um grande homem, mas devemos ter um trato justo ? reclamou. ? Temos o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), que é um desastre total. E acreditem, vamos construir este muro.
O presidente eleito visitou Indianápolis com o seu vice, Mike Pence, que também é o governador de Indiana, para visitar a fábrica. A Carrier indica que continuará fabricando caldeiras a gás através de “investimentos significativos”, mas que ainda acredita “nos benefícios do livre comércio”.