RIO – O desemprego na Espanha chegou ao fim de 2016 no menor nível em sete anos, mas a taxa ainda é de 18,6%, segundo reportagem do jornal ?El País?. Isso significa que quase um quinto da população espanhola não tem trabalho. O mercado de trabalho chegou ao fundo do poço entre 2013 e 2014, quando a taxa de desemprego chegou a 27,2%.
Este foi o terceiro ano seguido de melhora no mercado espanhol. Em 2016, o número de ocupados aumentou 2,3%, em 413.600 pessoas, para 18,5 milhões de empregos. Apesar do aumento, o ritmo de recuperação vem desacelerando: estava em 3% no início do ano passado. O desempenho sofreu influência da queda do emprego no setor público, o que não ocorria desde o verão de 2014.
A despeito dos sinais de melhora, a Espanha ainda vive o problema da precariedade do mercado de trabalho. Os empregos temporários representam 26,5% do total, uma alta de quase um ponto percentual em relação ao ano anterior. Com a crise, houve destruição dos postos de trabalho formais.
O chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, destacou os avanços recentes:
?Falta muito para ser feito, mas cinco anos seguidos de crise econômica não se resolvem em um quarto de hora. Se formos capazes de manter a política econômica (…), chegaremos aos 20 milhões de ocupados?.