
O paranaense Igor Tofalini faz parte desse time. No último mês, o esportista de 32 anos fez um estágio de dez dias no Rio e em Ilha Comprida (SP) para se adaptar às características que deve encontrar nos dias de competição.
– Buscamos locais com condições parecidas com as que vamos enfrentar para alcançarmos um bom resultado – explica Igor.
A rotina do canoísta brasileiro inclui mais de quatro horas diárias de exercícios e outras atividades. ?O treinamento, nesse período, é bem intenso?, afirma o atleta. Igor compete na classe funcional KL-2, na qual Austrália e Áustria são os favoritos para a medalha de ouro.
– O Markus Swoboda, que é da Áustria e foi seis vezes campeão, perdeu o último mundial para o Curtis McGrath, que é australiano?, conta ele. Entretanto, como em qualquer esporte, é impossível cravar um campeão de antemão. ?Cada prova é uma prova – diz Igor.
O brasileiro, que era peão de rodeio e ficou paraplégico após uma queda em um evento, conta com o apoio da torcida para alcançar um bom resultado. ?Em uma competição tão grandiosa como os Jogos Paralímpicos, esse suporte é fundamental?, afirma. Sua meta é estar entre os oito atletas classificados para a final, que acontece no próximo dia 15.
Na canoagem velocidade, os esportistas percorrem distâncias de 200 metros nas classes funcionais KL-1, KL-2 e KL-3. A principal diferença entre os competidores de cada uma delas é a capacidade de movimentação de tronco, braços e pernas. Há provas masculinas e femininas.
A GE anunciou na última semana (22/08) a extensão de sua parceria com a Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), válida agora até o final de 2018. A empresa investe na Canoagem com recursos próprios, sem renúncia fiscal por parte da companhia, além de oferecer apoio tecnológico para o treinamento dos atletas.
– Com a continuidade da nossa parceria, reforçamos nosso apoio ao desenvolvimento dos atletas no País – ressalta Rafael Santana, presidente e CEO da GE para a América Latina.
Futebol de 7 promete agitar os Jogos Paralímpicos
Para os amantes do futebol, os Jogos Paralímpicos são um prato cheio. Além do futebol de 5, disputado por atletas cegos ou com deficiência visual, também será disputado no Rio de Janeiro o futebol de 7, para atletas com paralisia cerebral ou lesão cerebral traumática.

Recorde na venda de ingressos
A venda de ingressos para os Jogos Paralímpicos já ultrapassou a marca de um milhão de bilhetes comercializados. No mês passado, mais de 145 mil entradas foram compradas em um único dia, um recorde na história do evento.
– Há uma expectativa enorme para os Jogos Paralímpicos. Nem mesmo durante os Jogos Olímpicos tivemos tantos ingressos vendidos em um intervalo tão curto de tempo – destacou Andrew Parson, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
– Estamos muito satisfeitos por termos passado da marca de um milhão de ingressos vendidos. Isso mostra que os brasileiros estão se engajando com os Jogos Paralímpicos. Temos visto filas em nossas bilheterias e já é possível sentir o clima dos Jogos tomando conta da cidade. Ainda há muitas opções de entradas para ver de perto esses atletas incríveis e inspiradores – comentou Donovan Ferreti, diretor de ingressos do Comitê Rio 2016.