De acordo com dados do CETIC – Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, o uso da internet no Brasil em 2020 chegava a índices de 81% – somando 152 milhões de pessoas. Um crescimento natural, considerando que cada vez mais vivemos conectados, não é mesmo? Estar online atualmente é algo intrínseco às nossas vidas – é pela internet que resolvemos os mais variados assuntos, é através da internet que nos comunicamos com pessoas queridas, é através da internet que consumimos séries e filmes, para ficar em exemplos mais clássicos.
E claro, com mais pessoas conectadas, maior o risco, certo? Mais gente pronta para ser explorada por terceiros mal-intencionados na rede – ao menos é o que indica matéria do ZDnet a respeito de uma preocupação cada vez maior dos brasileiros em torno de seus dados e sua presença na rede – há, é claro, uma série de formas de proteger-se na rede, com cuidados básicos como não compartilhar dados pessoais, evitar clicar em links suspeitos, e por aí vai, mas há uma terceira medida que vem crescendo em popularidade não só no país, mas no mundo: o uso de VPNs.
VPNs são redes virtuais privadas que protegem seu tráfego de terceiros na rede por meio de tecnologias proprietárias de cada provedor, mas o básico é o seguinte – seus dados são criptografados, mascarados, e só podem ser revelados com a chave criptográfica de posse do provedor de serviços. VPNs vêm se tornando bastante populares por conta de sua capacidade de burlar restrições geográficas de provedores de streaming, por exemplo, possibilitando a um brasileiro acessar a Prime Video americana, digamos. Muitos provedores oferecem um VPN trial para novos usuários, inclusive.
Além deste caso de uso mais voltado ao entretenimento, a segurança das VPNs também colabora para o crescimento da prática do teletrabalho – através do uso de VPNs corporativas é possível acessar de forma segura servidores e arquivos como se você estivesse de fato na empresa. Com importantes avanços legislativos na questão do trabalho remoto, serviços como estes serão cada vez mais requisitados para segurança dos dados de empresas e funcionários.
Conclusão
O Brasil já conta com uma lei robusta voltada à proteção de dados e ao passo em que novos desenvolvimentos ocorrem para cimentar o uso da internet no país e a adoção cada vez maior do teletrabalho, medidas de segurança como o uso de VPNs deverão se tornar cada vez mais corriqueiras, mostrando que há espaço para o setor expandir no país para além de seu uso voltado ao entretenimento – que no momento lidera os motivos para adoção de VPN por parte de usuários no país, muitos inclusive optando por provedores gratuitos.
De acordo com o GlobalWebIndex, em agosto de 2018, 25% dos usuários de internet haviam utilizado algum tipo de serviço de VPN, com destaque para países para regiões como Ásia e América Latina – com estas regiões cada vez mais conectadas, é de esperar que a demanda cresça junto. Nesta mesma pesquisa, o Brasil já representava 26% dos usuários globais de VPN – não há motivo para que esse número estacione por aí.
