Política

Coluna Esplanada

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Autofagia silenciosa

O apetite do PT por espaço no 1º escalão e por estatais de peso tem surpreendido até mesmo integrantes do próprio partido. O Ministério das Comunicações, que é cobiçado por várias siglas e importante moeda de troca do presidente eleito Lula da Silva, virou um problema porque os petistas não abrem mão de presidir os Correios. O ex-ministro Paulo Bernardo, a propósito, apesar de não compor o futuro Governo, desde o início da Transição desfila como um especialista na estatal que já controlou. Já tem quem considere que Lula da Silva tem tido mais trabalho com o seu partido do que com os outros dispostos a formar a base.

 

Processando dinheiro

Tem pouca gente ganhando muito no Serpro, o poderoso serviço de processamento de dados da União. O orçamento para a estatal em 2023 prevê distribuição de R$ 4 milhões em salários para os diretores, e R$ 710 mil para os conselheiros da administração no ano. Já os fornecedores terceirizados vão fazer a festa com R$ 327 milhões em serviços.

 

Poder dos MEIs

Um levantamento do MaisMei aponta que a região Sudeste lidera números de micro empreendedores individuais no Brasil, com 51,12% de ativos em 2022. Em seguida neste ‘ranking’ surgem as regiões Sul (17,89%), Nordeste (17,05%), Centro-Oeste (8,86%) e Norte (5,08%). Segundo a pesquisa, os segmentos que representam maior interesse de profissionais autônomos são vestuários e acessórios; cabeleireiros, manicures e pedicures; e promoção e vendas.

 

Cerrado na mira

Quem assumir o Ministério do Meio Ambiente terá muito trabalho pela frente para preservar o cerrado, o bioma comprovadamente mais desmatado para fins de agronegócio e investimentos imobiliários. O Sistema de Alerta de Desmatamento do Cerrado registrou que, entre outubro e novembro, houve perda de 115.694 hectares da vegetação nativa. A área perdida é equivalente ao território de Palmas (TO). O destaque negativo ficou com o município de Balsas (MA).

 

Bolso apertado

A população da Região Centro-Oeste do Brasil pretende fazer menos compras neste fim de ano, revela a pesquisa RADAR Febraban. Segundo o levantamento, os moradores dessa região vão reduzir em 49% suas despesas em comparação ao mesmo período de 2021. O percentual da população de outras regiões mostra o Norte e o Sul com 45% e o Sudeste com 43%. Em geral, 46% dos brasileiros pretendem economizar no fim de ano.

 

Carga elétrica

Cerca de 46% do valor pago por brasileiros na conta de luz são destinados a encargos e tributos da Federação como União, Estados e municípios, aponta levantamento da PwC Brasil e do Instituto Acende Brasil. A pesquisa foi realizada com dados de 2021 fornecidos por 45 empresas que representam 70% do mercado nacional de energia, e mostra pequena queda no percentual da carga tributária da conta de luz. Nos dados de 2020 a porcentagem ficou em 49,1%, contra os 46% apresentados em 2021.