Cafelândia Mesmo diante de um período de insegurança e de pouca confiança no governo, os primeiros oito meses do ano foram de bons resultados para as principais cooperativas do Oeste. Os números do setor agroindustrial contribuem para que o Paraná, embora ainda com PIB longe do ideal, tenha retração econômica inferior à média nacional. O avanço nas exportações de carnes (basicamente frango), registrado pela Coopavel, Copacol e Lar, chega aos 25% comparativamente a igual período do ano passado. Os diretores das empresas afirmam que, entre os diferenciais, está o rigoroso planejamento e a cuidadosa análise dos mercados interno e internacional que costumam fazer.
O crescimento nas exportações da Coopavel, na comparação de janeiro a agosto de 2016 com igual período do ano passado, é de 30%. Foram 30 mil toneladas em 2015 e agora somam 40 mil. A previsão é fechar o exercício com envio a outros mercados de mais de 60 mil toneladas de carne. Atualmente, 55% da produção da cooperativa, que tem sua matriz em Cascavel, é destinada ao mercado internacional. Na Lar, que tem sede em Medianeira, o aumento das exportações, do início de janeiro ao fim de julho de 2016 ante a 2015, foi de 27%.
Também no comparativo de sete meses, o crescimento da Copacol, de Cafelândia, foi de 23%. As exportações passaram de 79 mil para 103 mil toneladas. Há consenso de que as fortes oscilações no mercado de commodities, como ocorre neste ano, deixou o setor cooperativista em alerta. No entanto, devido ao sistema organizacional e ao modelo de gestão, elas têm fôlego adicional para enfrentar períodos de adversidade. O bom desempenho do setor primário, puxado pela valorização das commodities, fez com que a retração econômica no Paraná, no segundo trimestre de 2016, fosse menor que a brasileira. A queda no Estado foi de 2,6% contra 3,8% no País. De janeiro a julho, o recuo no Paraná foi de 3%, enquanto que no Brasil foi de 4,6%.
Abates
O Sindiavipar, Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná, informa que o bom momento das cooperativas ocorre devido à demanda aquecida do mercado externo. O volume de abates apenas nos seis primeiros meses deste ano chegou próximo de 900 milhões de aves, 11,6% maior às 800,7 milhões abatidas no mesmo período em 2015. Diretores de cooperativas informam que o fator externo foi fundamental para que o segmento pudesse superar os obstáculosadicionais, de custos elevados de produção, agravados por um período de forte turbulência na econômica e na política nacionais.
7%
No primeiro semestre do ano, o volume de exportações do Estado foi 7,1% maior no comparativo com igual período do ano passado. O volume das negociações chega a US$ 7,87 bilhões contra US$ 7,34 bilhões de 2015, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.