Política

Paraná é fonte de bons exemplos ao Brasil, diz Pacheco

Rodrigo Pacheco manteve diálogo com líderes dos mais diferentes setores produtivos

Paraná é fonte de  bons exemplos ao Brasil, diz Pacheco

“O Brasil precisa aprender e conhecer com o Brasil. E o Paraná, a exemplo de outros estados, é uma fonte de bons exemplos em diversas áreas econômicas e produtivas”. A afirmação foi feita pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em encontro com empresários e líderes nesta sexta-feira, no Auditório da FAG, em Cascavel. O evento contou com a presença de outros três senadores: Acir Gurgacz, Irajá Abreu e Weverton Rocha. Rodrigo veio à cidade a convite da Acic (Associação Comercial e Industrial de Cascavel) e Fundação Assis Gurgacz com apoio da Caciopar e G8.

Ao citar o dinamismo do Paraná, Rodrigo Pacheco acentuou que a soma de bons exemplos, do Brasil que trabalha e produz, fará do País uma grande nação no futuro. “O Paraná é um estado evoluído, resultado do esforço e talento de um povo dedicado ao trabalho, associativismo e cooperativismo”. O presidente do Senado disse que o Brasil tem inúmeras dificuldades em áreas como educação, saúde, infraestrutura e segurança pública. Ele acentuou também o desemprego, aumento da inflação, desvalorização de 30% do real frente ao dólar apenas neste ano e a polarização que dividiu o País.

Pacheco ressaltou que o único caminho possível para a reconstrução nacional é a democracia. “Precisamos de união, de respeito entre as instituições e do compartilhamento de aspirações e objetivos”. O presidente reconheceu que há avanços importantes em curso e citou entre eles a lei de responsabilidade fiscal/teto de gastos públicos, reformas trabalhista e previdenciária, aprovação de marcos legais, entre eles do gás e das ferrovias, nova lei de licitações, lei das vacinas, que ajudou no combate à pandemia, e as recentes aprovações da PEC que disciplina os precatórios, criação do Auxílio Brasil e do projeto de desoneração da folha para 17 setores.

 

Agronegócio

Pacheco, um dos nomes cotados como possível terceira via na sucessão presidencial, destacou aspectos associados ao agronegócio. Ele pontou que o Brasil tem 66,3% de sua área territorial em estado natural, maior do que qualquer outro país no mundo. Ele lembrou que 85% da matriz energética nacional é limpa, que 99% das propriedades rurais já estão cadastradas no CAR e de leis ambientais rigorosas. Apontou, no entanto, o desafio de vencer o desmatamento ilegal, que é provocado por foras da lei. Pacheco acredita que 2022 trará desafios nos campos político e econômico e garantiu entender a urgência das reformas administrativa e tributária.

Pacheco completou que a “discussão eleitoral” tem seu momento e campo apropriado e que ainda não é hora de trazer esta discussão. “A minha condição, hoje, não é de candidato até porque neste momento, o Brasil, com os problemas que tem, precisa menos de candidato e mais de presidente do Senado, presidente da Câmara e presidente da República, e de preferência todos unidos dentro de um propósito comum que é a solução de problemas”, completou.

 

Tamanho do agro

O presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, apresentou alguns números que mostram a força do agro brasileiro e paranaense. A safra de 2022 deverá crescer 15% em comparação à atual e o Paraná, o segundo maior produtor, deverá colher 42 milhões de toneladas de grãos – o estado tem apenas 2,3% do território nacional. O Paraná é líder na produção de carnes e em 2020 somou o segundo maior Valor Bruto de Produção, com R$ 128 bilhões – atrás apenas do Mato Grosso, com R$ 134 bilhões. Pela primeira vez, o VBP do País vai ultrapassar a marca de R$ 1 trilhão.

Dilvo falou também da força do Oeste, onde estão seis das maiores cooperativas brasileiras. “E aqui também estão oito dos 14 municípios bilionários do Estado no VBP”. O presidente da Coopavel agradeceu Pacheco pela aprovação da desoneração da folha de pagamentos que beneficiará 217 cooperativas brasileiras. Por sua vez, o presidente da Acic, Genesio Pegoraro, apontou a importância de harmonia entre os poderes e da urgência na aprovação de reformas indispensáveis para tornar o Brasil mais atrativo a investimentos e ao empreendedorismo.